"Uma coisa importante é que os portugueses a residir no estrangeiro tenham em Portugal o mesmo tratamento fiscal tão favorável como o concedido a estrangeiros que vêm residir para Portugal", afirmou António Costa esta quarta-feira de visita às ruas da ribeira de Viana, no primeiro dia das Festas da Senhora da Agonia. O também presidente da Câmara de Lisboa afirmou que "não há nenhuma razão para nós discriminarmos negativamente os nossos emigrantes relativamente aos regimes mais favoráveis que temos criado para a atração de investimento estrangeiro" e, sublinhou, depois de abordado por muitos emigrantes de visita às festas, que "a atracção de investimento dos nossos emigrantes é muito importante para o desenvolvimento do país". "São os grandes embaixadores de Portugal no mundo. São grandes veículos e grandes canais da nossa exportação. Podem ser grandes activos de mobilização de investimento para Portugal", sustentou. Na sua opinião, a "mobilização das comunidades portuguesas em todo o mundo e designadamente na Europa é da maior importância para o nosso relançamento económico e é importante que se sintam em Portugal como em casa". "Para isso era interessante que tivessem um tratamento fiscal pelo menos tão favorável como aqueles que temos criado ultimamente para atração de investimento estrangeiro que é aplicável aos estrangeiros em Portugal mas curiosamente não é aplicável aos portugueses que são residentes no estrangeiro", explicou. Além de visitar os tapetes de sal colorido confecionados durante todo a noite pelas gentes da ribeira em homenagem à Senhora da Agonia, António Costa assistiu ao início da procissão ao mar em honra da padroeira dos pescadores, que todos os anos conta com a presença de muitos emigrantes a quem António Costa deixou uma mensagem de "confiança no país", e a quem disse que "conta com eles para relançar Portugal". "É importante que todos sintam que, apesar das dificuldades e de todos os problemas que o país está a atravessar, é um país que tem quase 900 anos de história e que tem um grande futuro que conta com todos e precisa de todos", afirmou. Questionado pelos jornalistas sobre as críticas do secretário-geral, António José Seguro, que o acusou de "copiar as propostas" da actual direção e de ter um programa eleitoral muito parecido com o seu, Costa respondeu assim: "Não tenho tido por hábito andar a responder ao que diz o secretário-geral do PS. Eu acho que aquilo que é pedido aos candidatos no PS é que nos dirijamos ao país e expliquemos aos portugueses aquilo que temos a dizer a Portugal e sobre Portugal. É essa a minha preocupação". Ver Publico, aqui.