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Alemanha atrai cada vez mais portugueses
2014-07-26
A Alemanha está a transformar-se num importante pólo de atração para os portugueses. Juntamente com o Reino Unido, destaca-se como o país para onde houve "uma acentuada emigração", refere o Observatório da Emigração.

São os novos países de emigração portuguesa em época de crise. Os valores do Reino Unido são superiores ao do país de Angela Merkel, que lidera a tabela, com a receção de 30.121 portugueses em 2013; mas os 11.401 emigrantes contados na Alemanha refletem um forte aumento, comparando com dados de 2007, divulgados pelo Observatório da Emigração. Há sete anos, tinham emigrado 3.766 os portugueses para Alemanha (no último ano cresceu 26%) e para o Reino Unido 12.040 pessoas.

Para já, não se pode fazer da Alemanha o segundo destino preferencial dos portugueses por faltar apurar os dados de 2013 da Suíça, cuja publicação estatística está prevista acontecer em setembro, explica a investigadora Cláudia Pereira, e até porque este país era segundo em 2012. Por outro lado, joga contra a Suíça a recente legislação, aprovada em fevereiro, que tenciona criar quotas à entrada de cidadãos europeus.

O relatório, divulgado esta sexta-feira com elementos mais completos sobre 2013, permite confirmar a quebra abrupta de emigrantes para Espanha, na ordem dos 5.302, quando em 2007, estava nos 27.178 pessoas. Sobre França, estima-se - não existem dados oficiais recentes - que esteja a registar-se uma média de 8000 emigrantes por ano.

Num balanço global, a "história emigratória acumulada faz de Portugal o país da União Europeia com maior emigração", pode ler-se no relatório elaborado por Rui Pena Pires, Cláudia Pereira e Joana Azevedo, investigadores do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa.

Ponderando o número de emigrantes pela população do país de origem, Portugal tem uma taxa de emigração de 21%; é o 12.ºº país do mundo com mais emigrantes e o primeiro na UE.

Em números: viverão hoje no mundo mais de dois milhões de emigrantes portugueses (entre dois milhões e dois milhões e 300 mil). A ponto de "a população portuguesa emigrada representar hoje mais do um quinto da sua população residente".

A nova emigração possui melhores qualificações, é um facto, embora não supere a média de escolaridade nacional. Em 10 anos,os licenciados cresceram quatro pontos, para os 10%, sendo que a maioria dos aventureiros não vai além da instrução básica (62%).

O fluxo migratório está a ser estudado por um consórcio de universidades portuguesas que, através de um inquérito, procura conhecer melhor os emigrantes.

 

Ver Jornal de Notícias, aqui.

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