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Ordem diz que Portugal forma médicos para a emigração
2014-03-04
Questionado sobre o número de médicos que já emigraram ou estão a emigrar, o responsável disse não ter dados actualizados, mas saber que esse número está a aumentar.

A Ordem dos Médicos diz que Portugal está a formar médicos para a emigração e manifestou ao Presidente da República preocupação com a emigração dos médicos e com os cortes no sector, que estão a dificultar o acesso dos utentes aos cuidados de saúde. 

O Presidente da República, Cavaco Silva, recebeu esta terça-feira a Ordem dos Médicos para cumprimentar a nova direcção. 

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, aproveitou o encontro para manifestar as suas preocupações com os cortes na saúde e relembrar novamente que a emigração de jovens médicos, que se formam em Portugal e no Serviço Nacional de Saúde (SNS), está a aumentar. 

"A emigração médica é uma realidade e condiciona o acesso dos utentes ao SNS", disse aos jornalistas no final do encontro, destacando que, apesar de Portugal não estar a formar menos médicos, há cada vez menos profissionais de saúde porque muitos reformaram-se mais cedo e outros estão a emigrar. 

José Manuel Silva defendeu a necessidade de "parar este fluxo de emigração, para os médicos se fixarem em Portugal", e destacou que o Estado está a gastar dinheiro para formar jovens médicos, que depois emigram. 

Questionado sobre o número de médicos que já emigraram ou estão a emigrar, o responsável disse não ter dados actualizados, mas saber que esse número está a aumentar. 

Os cortes na área da saúde, designadamente nos orçamentos dos hospitais, foi outra das preocupações apresentadas pelo bastonário ao Presidente da República. 

Para o bastonário, os cortes "têm conduzido à dificuldade de os hospitais responderem às necessidades dos doentes", o que se torna mais evidente em alturas de grande afluxo, como nos períodos de gripe. 

"A austeridade reflecte-se negativamente na resposta e acessibilidade ao SNS", criticou. 

Como aspectos positivos, José Manuel Silva destacou a redução do custo com os medicamentos e o combate às fraudes na saúde, embora lamentando, neste último caso, que este tipo de actuação não se estenda a outras áreas da sociedade.

ionline, aqui.

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