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Cultura portuguesa da diáspora em discussão nos Estados Unidos
2013-11-09
O Sport Clube Português de Newark, em Nova Jérsia, acolheu sexta-feira um debate sobre a cultura portuguesa da diáspora, com a participação de poetas, músicos e artistas plásticos.

O debate faz parte de um ciclo de conferências organizado pelo Partido Social Democrata (PSD) dos Estados Unidos e contou com a participação de António Pinto Basto, Glória de Melo, Maria João Ávila, António Rendeiro, Eduardo Mendes, Anabela Martins, Tozé Silva, Luís Lourenço, Ondina Silva e João Martins.

O presidente do PSD dos Estados Unidos, Mário Filipe Marques, diz que o conjunto de conferências "reflete um conjunto de preocupações e anseios da comunidade."

"A ideia é abordarmos um assunto de temáticas que nos interessa a todos, nós que vivemos fora dos Estados Unidos da América, e chegar a conclusões que podemos fazer chegar a Lisboa, para resolver alguns dos problemas que enfrentamos", disse Mário Filipe Marques à agência Lusa.

O responsável político diz que o atual governo português tem mostrado abertura às preocupações da comunidade, dando como exemplo o lançamento no mês passado do Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora.

A secção cultural do Sport Cube Português, a Proverbo, foi representada na conferência pela poetisa Glória de Melo.

"Na emigração fazemos coisas que não faríamos se não tivéssemos emigrado. Por exemplo, numa família de poetas e escritores, nunca escreveria em Portugal. E aqui ousei escrever um livro, `A Minha Mão Esquerda`, onde junto poesias minhas, em português, da minha filha, que escreve em inglês, e do meu pai", disse Glória de Melo.

O escritor João Martins disse que "há, em Portugal, um desconhecimento quase total do que se faz nas comunidades ao nível da escrita."

"Quando cheguei aqui há 25 anos, o que se lia era o jornal `A Bola`. Ficava-se muito por aí. Mas, felizmente, as coisas têm-se alterando. Há hoje pessoas que escrevem em português e querem chegar mais além. Tenho questionado as editoras portuguesas quando é que começam a mostrar isso, quando fazem uma coleção ou antologia com autores da emigração, mas ainda não tive resposta", explicou João Martins.

Eileen Leitão, também membro da Proverbo, defendeu que a multiplicidade de organizações nas comunidades prejudica a projeção cultural.

"Infelizmente, os portugueses dividem-se muito, há pouco espírito de associativismo. Se todos se juntassem, conseguiam fazer coisas de maior relevo", defendeu a luso-americana, que também lamentou a ausência de jovens nestas organizações.

O primeiro evento deste ciclo de conferências foi dedicado ao tema da emigração, o segundo ao ensino da língua portuguesa nos Estados Unidos e o terceiro à participação cívica dos emigrantes.

RTP, aqui.

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