"Pela primeira vez, estes países consensualizaram uma metodologia para o
ensino de português como língua estrangeira e temos lá um repositório
de materiais a que professores de todo o Mundo podem aceder
gratuitamente", explicou Gilvan Muller de Oliveira à agência Lusa. O
diretor do IILP, responsável pelo projeto, disse ainda que a plataforma,
que arrancou a 29 de outubro, no decorrer da 2ª Conferência Sobre o
Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, arrancou com 150
unidades didáticas de quatro países - Angola, Brasil, Moçambique e
Portugal - de um total de 730 previstas.
O portal permite, por
exemplo, que um professor possa "ensinar português a partir da bandeira
de Moçambique" ou "circular pelo espaço da lusofonia e trabalhar com
lições de Portugal, Angola, Moçambique", o que "enriquecerá a perspetiva
do aluno, que terá consciência de que o português é uma língua
internacional, de oito países, que tem presença em quatro continentes",
referiu o diretor executivo do IILP. O objetivo é concluir o portal até à
próxima cimeira da CPLP, cuja presidência passará a ser assegurada por
Timor-Leste, em 2014. Além disso, acrescentou Gilvan Muller de Oliveira,
o portal será dinâmico. "Os professores de português podem ‘postar',
carregar ou contribuir com as suas unidades, exercícios ou tarefas. O
portal ganha uma vida própria à medida que vai sendo usado, criando-se
uma grande rede de professores de português como língua estrangeira, que
era o espírito do plano de ação de Brasília", explicou.
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