São objetivos do GAE, entre outros, informar os portugueses dos seus
direitos nos países de acolhimento, apoiá-los no regresso e reinserção
em Portugal, contribuindo para a resolução dos problemas apresentados,
de forma rápida, gratuita e personalizada, facilitando o seu contacto
com outros serviços da administração pública portuguesa. Os GAE estão
tecnicamente habilitados a tratar de assuntos de segurança social,
equivalência de estudos, investimentos, duplas-tributações, pedidos de
colocação no estrangeiro, informação jurídica geral e aconselhamento
para quem queira emigrar.
O envolvimento do poder local resulta do
facto de 90% dos nacionais que regressam a Portugal se fixarem na
freguesia de onde partiram, sendo as câmaras municipais e as juntas de
freguesia os seus pontos de referência.
Os protocolos celebrados com as câmaras municipais têm por objetivos:
Criação
de uma estrutura de apoio aos munícipes que tenham estado emigrados,
que se encontrem em vias de regresso ou que ainda residam nos países de
acolhimento.
O programa procura responder às questões inerentes ao
regresso e reinserção em todas as suas vertentes: social, jurídica,
económica, investimento, emprego, estudos, etc.
Por outro lado e com
o eventual aproveitamento de estruturas pré-existentes e em conjugação
com a DGACCP, pretendem dinamizar as potencialidades económicas dos
concelhos junto das comunidades portuguesas, através do acesso a bases
de dados onde estão registados 120.000 empresários /empresas
portugueses(as) espalhados(as) pelo mundo. Apoiar ainda os emigrantes em
matérias da competência das câmaras municipais, como: licenças de
obras, licenciamentos para comércio ou indústria, projectos, etc...
O
Secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, mentor da
inciativa, em entrevista ao MUNDO PORTUGUÊS deixou algumas das ideias
principais do programa.
O programa continua a existir?
O
programa continua a existir e já fizemos uma serie de novos acordos. Os
últimos foram Trancoso, Viseu, S.Pedro do Sul, Miranda do Douro, e
mais alguns outros. Temos neste momento 93 municípios aderentes (ver
caixa)
E há muito sucesso, muita procura nos serviços?
Há casos
em que o sucesso é maior e outros em que não é tão grande. Claro que
isto depende de cada município e de cada funcionário dedicado ao
projecto, depende também da própria divulgação mas fundamentalmente dos
próprios municípios. Há casos de sucesso assinalável e tem-se verificado
que as pessoas que vão a esses serviços deixaram de ir a certas
agências que lhes cobravam verbas muito elevadas.
O que vêm tratar estas pessoas?
Estamos
a falar de muitas pessoas que tratam aqui de diversas situações que
envolvem segurança social particularmente o que respeita à recuperação
de pensões ou pedido das próprias pensões e que são valores
assinaláveis. Há também o caso de pessoas que já têm pensões de outros
países e que precisam de fazer as transferências para cá no que também
são acompanhadas por esses serviços. A educação é outra área de
acompanhamento, sobretudo informações e habilitações académicas e
reconhecimento de cursos que é uma matéria em que as pessoas têm muitas
preocupações. Por último é bom dizer que nalguns casos estes gabinetes
estão também a fazer o apoio aos estrangeiros que estão em Portugal,
estabelecendo um interface com as politicas de imigração.
Há também algum trabalho a ser feito no campo da captação de investimento...
Sim
há também casos em que estes gabinetes acompanham os investidores
portugueses que vivem no exterior acompanhando-os cá. Penso até que essa
vertente deve ser mais desenvolvida num futuro próximo porque os nossos
municípios têm de ter um serviço muito especifico para um tipo de
público que para todos os efeitos são munícipes, que apesar de não
votarem cá, são proprietários e munícipes e até investidores. Ora essas
pessoas têm de ter um acompanhamento especial, porque se forem
devidamente acarinhadas podem vir a investir significativamente nos
nossos municípios.
Já está a ser feito esse tipo de trabalho?
Há
casos onde isso já acontece e os gabinetes funcionam com muita
eficácia. No norte do país há imensos desses casos, nomeadamente:
Valpaços, Chaves, Vila da Feira, Satão, Arcos de Valdevez e alguns
outros. Posso mesmo dizer umas dezenas largas.
E a nova emigração também usa estes gabinetes?
A
grande questão é a informação sobre os regimes, nomeadamente sobre os
regimes da segurança social em que cada país tem um regime próprio, e a
compatibilização desses regimes com os nossos, é matéria delicada. Há
também os casos dos portugueses que estão a emigrar hoje e que vão para
países como Angola, Moçambique e Brasil, precisam de ser informados dos
processos burocráticos que implicam informações muito específicas a que
os gabinetes também respondem através dos nossos técnicos.
E para as câmaras não é difícil lidar com esta informação?
As
Câmaras não sabem mesmo lidar com estas situações mas o funcionário que
atende sabe a quem tem de recorrer para vir a ser esclarecido.
Há emigrantes a regressar?
Não
diria a regressar, mas há muitos emigrantes cá com vidas partilhadas e
cada vez mais gente com vidas partilhadas entre os países de destino e
Portugal, principalmente na Europa.
RELAÇÃO DAS CÂMARAS COM GAE
ALFÂNDEGA DA FÉ
ALIJÓ
ALMEIDA
AMARES
ARCOS DE VALDEVEZ
ARGANIL
AROUCA
AVEIRO
BAIÃO
BARCELOS
BOTICAS
BRAGA
CABECEIRAS DE BASTO
CAMINHA
CARRAZEDA DE ANSIÃES
CASTRO DAIRE
CELORICO DA BEIRA
CELORICO DE BASTO
CHAVES
ESPINHO
ESPOSENDE
FARO
FIGUEIRA CASTELO RODRIGO
FORNOS DE ALGODRES
FUNDÃO
GOUVEIA
GUARDA
GUIMARÃES
ÍLHAVO
LAMEGO
MACEDO CAVALEIROS
MANGUALDE
MANTEIGAS
MARCO DE CANAVESES
MEALHADA
MEDA
MELGAÇO
MESÃO FRIO
MIRA
MIRANDA DO DOURO
MIRANDELA
MOIMENTA DA BEIRA
MONÇÃO
MONDIM DE BASTO
MONTALEGRE
MURÇA
MURTOSA
NELAS
ÓBIDOS
OLIVEIRA DE AZEMÉIS
OURÉM
PENALVA DO CASTELO
PENAMACOR
PENEDONO
PESO DA RÉGUA
PINHEL
PONTE DA BARCA
PÓVOA DE LANHOSO
PÓVOA DE VARZIM
RESENDE
RIBEIRA DE PENA
SABROSA
SABUGAL
SANTA COMBA DÃO
SANTA MARIA DA FEIRA
SANTA MARTA DE PENAGUIÃO
SANTO TIRSO
SÃO PEDRO DO SUL
SÁTÃO
SERNANCELHE
SESIMBRA
SILVES
TAROUCA
TERRAS DO BOURO
TONDELA
TRANCOSO
TROFA
VALPAÇOS
VIANA DO CASTELO
VIEIRA DO MINHO
VILA DE REI
VILA DO CONDE
VILA NOVA DE CERVEIRA
VILA NOVA DE FAMALICÃO
VILA NOVA DE FOZ CÔA
VILA NOVA DE PAIVA
VILA NOVA DE POIARES
VILA REAL
VILA VERDE
VIMIOSO
VIZELA
VOUZELA