O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas afirma que o sistema
de ensino de Português na Holanda "estava profundamente desorganizado" e
vai ser reformulado pela nova coordenadora adjunta daquela área.
"Os
holandeses há uns anos deixaram de investir no português, tal como
noutras línguas estrangeiras, e isso criou ali um problema complicado
que nunca se ultrapassou completamente. E por isso o acompanhamento vai
ter de continuar a ser feito com maior proximidade. Ela (a coordenadora
adjunta para o Ensino de Português no Estrangeiro) tem essa orientação",
disse à Lusa o Secretário de Estado que efetuou uma visita a Amesterdão
no início deste mês. "É uma comunidade que tem um associativismo
relativamente antigo. Tem estado relativamente abandonado, relativamente
desacompanhado. Nós vamos ter de melhorar bastante um conjunto de
mecanismos de ligação", assumiu José Cesário, em declarações à margem do
Congresso de Presidentes de câmara da região de Paris.
Em relação ao
trabalho consular, o Secretário de Estado diz ter "consciência de que
não está a corresponder ainda àquilo que são as exigências daquela
comunidade". Cesário adiantou que a "comunidade terá entre 16 a 20 mil
pessoas, que estão localizadas fundamentalmente em dois núcleos:
Amesterdão e Roterdão, estando a embaixada e a secção consular entre as
duas cidades".
"O anterior Governo encerrou o Consulado Geral de
Roterdão e isso criou ali algumas dificuldades. Acredito que a partir de
Haia consigamos fazer um trabalho de cobertura integral do país, mas
esse trabalho só vai poder ser feito plenamente com as novas
permanências consulares que ali ainda não se iniciaram. É um dos
objetivos que existem para o futuro", concluiu. O secretário de Estado
visitou "a Associação Portuguesa de Amesterdão, os Lusitanos de
Amesterdão, que fizeram 45 anos, a associação portuguesa de Zaandam e a
escola portuguesa de Amesterdão.
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