A Venezuela pode ser um "motor de arranque" para estabilizar a economia portuguesa, onde "há muito que fazer", uma situação que abre as portas à expansão das empresas nacionais, defendeu hoje o representante do banco Millennium BCP.
"A Venezuela é um país com muito futuro, com uma riqueza natural extraordinária, tem uma força, uma energia muito grande e quem vive na Venezuela e quem anda todos os dias nas ruas, nas estradas e visita as cidades, sabe que ainda há muito, muito que fazer, e, portanto, isto deixa as portas abertas a qualquer empresário que venha do exterior", disse José Carlos Ferreira.
O responsável do BCP falava à agência Lusa no âmbito do seminário"Portugal - Venezuela: parcerias para o futuro", uma iniciativa da Câmara Municipal do Funchal, que reúne, em Caracas, cinquenta representantes de empresas portuguesas e de luso-venezuelanos.
"A Venezuela pode ser um motor de arranque sobretudo porque a comunidade portuguesa já está muito enraizada e cada vez mais a comunidade portuguesa sente que tem que apoiar Portugal, derivado ao carinho que nutre pelo país e isso é visível nos mais diversos encontros que o Millennium BCP organiza a nível nacional", disse.
No seu entender "há um carinho muito forte por Portugal e realmente a Venezuela pode ser uma grande ajuda para Portugal".
Por outro lado sublinhou que os portugueses são também muito queridos dos venezuelanos, de alguma forma acabam "por ser a pessoa que lhes coloca o prato ou o pão na mesa ".
"Estamos a falar de um bem de primeira necessidade e esse carinho sente-se, porque todos os dias passa nas mesas de cada cidadão venezuelano um pão confeccionado numa padaria portuguesa e outros produtos", disse.
Lusa/SOL, aqui.