O novo cônsul de Portugal em Macau enviou por email uma declaração à comunidade lusa residente, definindo objectivos e apelando ao seu contributo "para o reforço da imagem de Portugal" na região. "Um dos meus principais objectivos é dar a conhecer o nosso país", salienta na missiva, observando que a RAEM é "um território ao qual Portugal está ligado há cerca de cinco séculos" e um "lugar muito importante" para o país.
Vítor Sereno recorda a conjuntura nacional e a ajuda externa pedida "para evitar uma grave situação financeira", mas contrapõe que "Portugal, com quase nove séculos de história, já foi capaz de ultrapassar barreiras maiores no passado". Colocando a tónica na transformação de cada crise numa "oportunidade de fazer mais e melhor", Vítor Sereno sublinha a modernidade e competitividade de Portugal, "onde existe um ambiente saudável e seguro para fazer negócios e excelentes oportunidades de investimento".
Para Vítor Sereno, "todos os portugueses e associações de portugueses podem e devem dar para o reforço da imagem de Portugal em Macau", numa ajuda que, segundo afirmou, "pode ser dada de várias formas; quer informando os residentes sobre a realidade portuguesa, quer encorajando o investimento e o turismo, promovendo as exportações, ou estimulando cada vez mais o uso da língua portuguesa".
Referindo-se à importância da língua de Camões, enquanto "língua oficial de Macau, a terceira mais falada da Europa ocidental e a quinta mais falada no mundo, com mais de 260 milhões de falantes", Vítor Sereno invocou que "pela primeira vez em muitas décadas, constitui hoje um instrumento activo da diplomacia económica rumo aos mercados emergentes".
"Este ponto é para mim fundamental", reforçou, instando à mobilização de todos em prol da defesa da língua portuguesa.
O cônsul deixou ainda uma palavra para os jovens da comunidade portuguesa na região, ao frisar que "nunca Portugal teve uma geração tão bem preparada, técnica e intelectualmente, para enfrentar os difíceis desafios que temos pela frente".
E manifestando o desejo de estimular a participação dos jovens e respectivas associações na vida do consulado de Portugal em Macau, acrescentou: "Quero que sejam dos primeiros a dar o exemplo. Sem o vosso entusiasmo todos estes objectivos atrás enumerados seriam manifestamente contraditórios e inconsequentes".
A terminar a missiva, Vítor Sereno disse querer estabelecer com todos os cidadãos portugueses residentes em Macau "um pacto de confiança, responsabilidade e abertura".
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