Francisco Galope (texto) e Luís Barra (fotos) (reportagem publicada na VISÃO 1046 de 21 de março)
Nos primeiros nove meses do ano passado radicaram-se na Alemanha 9 914 portugueses. Os números de 2012 deverão ter atingido o dobro dos 5 001 verificados em 2006.
De acordo com o Statistisches Bundesamt, o organismo estatístico federal, em 2011, vivia ali um total de 115 530 cidadãos de Portugal (53 166 mulheres e 63 364 homens). Desses, um em cada três já lá se encontrava há mais de 30 anos e um em cada cinco já lá tinha nascido.
O tempo médio de permanência do emigrante português naquele país é de 22 anos e oito meses. E, apesar de uma idade média um nadinha superior a 41 anos, 12 696 titulares de um cartão de cidadão da República Portuguesa têm menos de 18 anos. Destes, três em cada quatro nasceram na Alemanha.
Embora as naturalizações tenham aumentado 45,2% em 2011, face ao ano anterior, os números são baixos. Além disso, praticamente todos optam por ficar com as duas nacionalidades - dos 376 naturalizados em 2011, apenas um não manteve a portuguesa.
Descubra as diferenças: O que distingue, em traços gerais, os "velhos" dos "novos" emigrantes
Vaga dos anos 60 e 70
- Pouco qualificados
- Integração mais difícil
- Executantes
- Mal necessário para os alemães
- Regresso como objetivo possível
- Quando chegaram só falavam português
Vaga atual
- Qualificações elevadas
- Europeizados, facil integração
- Criadores
- Bem-vindos
- Projeto de vida, procura de carreira internacional
- Fala mais que uma língua
Visão, aqui.