Em declarações à agência Lusa, Carlos Alberto Gonçalves apontou o caso da região de Chalette-sur-Loing como um bom exemplo da imagem que os portugueses têm neste país.
Nos anos de 1960, explicou, "a zona acolheu muitos portugueses que foram trabalhar para a indústria". E hoje, aquela que era uma comunidade "puramente operária" transformou-se numa comunidade de empresários, que conquistou uma "grande importância no plano local".
"A marca da comunidade portuguesa em França é a capacidade empreendedora que é fundamental em regiões, como a de Chalette-sur-Loing, que atravessam um período de reconversão económica", acrescentou.
Carlos Alberto Gonçalves considerou "impressionante" o número de portugueses emigrantes que, nesta como noutras regiões de França, deixou uma atividade por conta de outrem para se instalar por conta própria, montar a sua empresa, e criar emprego.
O deputado recordou ainda o jantar organizado, na sexta-feira, pela Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa para dizer que à mesa encontrou diversos empresários portugueses em França que apostam no desenvolvimento de novas tecnologias, e que criaram negócios inovadores.
A respeito da aprovação, na sexta-feira, do novo regime jurídico-laboral dos trabalhadores dos serviços periféricos externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o deputado saudou a capacidade do Governo para "alcançar compromissos" nos temas referentes às comunidades portuguesas no estrangeiro, à semelhança, considerou, do que tinha feito com o Ensino Português no Estrangeiro.
Esta questão foi hoje discutida pelo PSD/Paris.
A proposta de lei em causa engloba, nomeadamente, mudanças na progressão na carreira, na mudança das tabelas salariais, na proteção social e da saúde, a criação de um regime especial para os funcionários das residências oficiais do Estado.
Diário Digital com Lusa, aqui.