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Emigração portuguesa para o Brasil tem espaço para aumentar no próximo ano
2012-12-03

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, afirmou hoje em São Paulo acreditar que há espaço para a emigração para o Brasil aumentar em 2013, mas isso vai depender das autoridades e empresários brasileiros.

"O momento do Brasil é de demanda de quadros preparados, e temos isso em Portugal em qualquer área técnica. É perfeitamente normal que haja espaço [para o aumento da emigração], mas isso depende dos empresários brasileiros, das autoridades brasileiras", disse Cesário à Lusa.

O secretário de Estado das Comunidades, que participa hoje no seminário "Os Portugueses no Brasil - Novos Desafios", em São Paulo, realçou que há um caminho "natural e normal" de portugueses procurarem em Portugal e fora do país a sua realização, mas negou que o Governo a que pertence faça um apelo à emigração.

O seminário tem o objetivo de refletir sobre a nova emigração portuguesa, no âmbito das comemorações do Ano de Portugal no Brasil, e também será realizado no Rio de Janeiro e em Salvador, na Baía. O evento foi promovido pelo Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade (CEPESE), uma Instituição de utilidade pública financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que se dedica à investigação científica.

Segundo Cesário, as principais dificuldades para a integração dos emigrantes têm normalmente a ver com as "incompreensões administrativas" dos países, e refe3riu-se às recentes dificuldades para a equivalência dos diplomas de engenheiros portugueses no Brasil e as antigas dificuldades com os dentistas brasileiros em Portugal, além dos entraves para as empresas de um país se estabelecerem no outro, ou em África.

O presidente do CEPESE, Fernando de Sousa, também afirmou que o principal desafio para a integração dos trabalhadores no Brasil é "institucional", e que é necessária a retirada de entraves e burocracias que "limitam autorizações até para quem tem contrato".

Sousa realçou que há dificuldades nas relações diplomáticas entre os países e que o diálogo entre os ministérios dos negócios estrangeiros "nunca foi bom" e nunca alcançou resultados palpáveis em pouco tempo.

Para o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, há ainda outros temas que merecem ser discutidos, como a relação entre os portugueses que estão no Brasil e os luso-brasileiros com Portugal, a presença dos brasileiros em Portugal e o futuro da Lusofonia e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"A língua é principal elemento identificador de uma cultura. Se a presença do português é tão forte e recente, devemos desenvolver políticas articuladas entre os oito países de língua portuguesa e o território Macau. Temos de ter capacidade de articulação e políticas consistentes, que projetem a nossa cultura", disse.

 

FYB // HB

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