«Muitos já o estão a fazer, é preciso dizê-lo com muita clareza. Há muita gente a enviar mais dinheiro para Portugal, há muita gente a visitar Portugal, há muita gente a levar amigos, a levar pessoas a visitar Portugal», afirmou.
José Cesário falava à Agência Lusa no âmbito de uma visita de três dias à Venezuela, onde manterá contactos com empresários e membros da comunidade portuguesa nas cidades de Caracas, Los Teques e Maracay.
«Portanto, nós precisamos em Portugal de mais investimento, mais visitantes, mais turismo. É disso que nós precisamos e há muita gente a fazê-lo e espero que mais haja no futuro», frisou.
Segundo José Cesário, em Portugal vive-se uma situação difícil. No entanto, «é uma situação difícil como é difícil a situação de variadíssimos outros países. Há uma crise internacional, diria que é uma crise global, que para ser resolvida necessita de respostas também elas globais», referiu.
«Nós temos consciência de que temos problemas que nalguns casos dependem dessa crise internacional, noutros casos dependem de especificidades nossas. Agora, é uma crise que não vai determinar evidentemente o baixar de braços por parte dos portugueses e muito menos da parte do Governo e nós temos fé naquilo que estamos a fazer e confiança que vamos conseguir ter resultados», frisou.
No seu entender, «agora há uma fase intermédia» - a atual -, em que é necessário reduzir drasticamente a despesa do Estado para ter alguns meios que possam ser injetados na economia, «particularmente nos meios mais vitais da economia, mais virados para as exportações, que possam vir a realizar mais-valias» e aumentar o emprego.
«Agora, não temos ilusões de que esta fase é uma fase muito difícil, não temos ilusões de que o desemprego tem aumento de forma muito significativa, de que os rendimentos das famílias são menos do que eram até há pouco tempo e de que esta fase não se vai ultrapassar com facilidade», disse o responsável.
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