O número de desempregados que anulou a inscrição nos centros de emprego para emigrar entre janeiro e setembro disparou 45,4% face a igual período do ano passado, de acordo com os registos do Instituto de Emprego e Formação Profissional, divulgados pela Agência Lusa.
Segundo os dados enviados à Lusa pelo IEFP, até setembro, o número de desempregados anulados por emigração subiu para os 24.689. Em 2012 foram 16.977 e em 2008 (início da crise) forem observados dos 10.962.
Só em setembro, o número de desempregados que se apresentaram nesta situação disparou 48,9% em termos homólogos, num total de 2.766 pessoas. De acordo com os dados mais recentes do Eurostat, o desemprego em Portugal situou-se nos 15,7% em setembro, um recuo de 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação a agosto, enquanto entre os jovens diminuiu 0,6 p.p. para os 35,1%.
O recuo de 0,1% ocorreu no mesmo mês (setembro) em que 2766 pessoas anularam a inscrição no centro de emprego porque iriam emigrar. Os registos do IEFP sugerem assim que a opção pelo estrangeiro está cada vez mais em cima da mesa dos trabalhadores que se encontram numa situação de desemprego.
No entanto, o instituto público lembra que as anulações com base em emigração "são um apuramento realizado pelo IEFP com base numa indicação dos próprios inscritos", pelo que devem ser tidas em consideração as limitações destes dados.
A CGTP e a UGT consideram que a única justificação para esta diminuição da taxa de desemprego é a "grande emigração", especialmente entre os jovens.
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