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Luxemburgo: «Nenhum português será obrigado a sair»
2012-11-03
Entre os emigrantes portugueses que receberam ordens de despejo, há casos muito distintos. Uns não estão «em condições de ir para lado nenhum», outros terão de arranjar uma «alternativa» e vão ter tempo para isso, garantiu um representante do governo.

Texto Juliana Batista

Os portugueses residentes em habitações sociais no Luxemburgo e notificados para abandonarem as suas casas até ao final do ano não serão obrigados a sair das residências onde estão, assegurou José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, em declarações à FÁTIMA MISSIONÁRIA. A situação dos emigrantes, é, na opinião do governante, uma situação «delicada» onde existem casos de «vária natureza» e «muito diferenciados».

De acordo com José Cesário, existem nas habitações sociais situações de pessoas que «precisam de atenção», que não estão «em condições de ir para lado nenhum e terão de se manter lá». «A nossa embaixada está em contacto direto com o ministério competente do Luxemburgo, com a senhora ministra da tutela e já temos a indicação que nenhuma dessas pessoas será obrigada a sair», revelou.


Quanto aos portugueses que vivem uma situação estável, terão de arranjar outra opção de alojamento e vão ter tempo para a conseguirem. «Aqueles que têm situações estáveis terão, obviamente, de arranjar uma alternativa em termos de alojamento. Essas pessoas terão um período para conseguir essa alternativa, tanto quanto me dizem, que não será o inverno», esclareceu.

Para José Cesário, as habitações onde vivem os emigrantes portugueses estão destinadas ao alojamento «para o máximo de três anos», de pessoas em situações de fragilidades sociais como o caso de «emigrantes recentes» e «pessoas sozinhas, nomeadamente homens». Contudo, existem emigrantes que residem lá há duas décadas.

«Dizem-me, e tenho esta informação proveniente, quer de fontes oficiais, quer de fontes particulares, ou seja, da comunidade, que há lá pessoas há 20 anos. E, portanto, eu não posso comparar a pessoa que está há 20 anos e que está empregada, que tem uma fonte de rendimento, com a pessoa que está há um ano ou há dois e que porventura até está desempregada», explicou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, à margem do Encontro de Promotores Socioculturais que iniciou sexta-feira, 2 de novembro, em Fátima.

Fátima Missionária, aqui.

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