Há licenciados portugueses a trabalhar nas limpezas no Luxemburgo, afirma o delegado das Missões Católicas naquele país.
A situação foi relatada pelo padre Remildo Boldori no "Encontro Internacional das Migrações", que terminou esta sexta-feira em Alfragide, nos arredores de Lisboa.
"Está a chegar ao Luxemburgo gente formada - juristas, advogados, enfermeiros, psicólogos, sociólogos - que estão a trabalhar na limpeza. Eu acho que é uma perda para Portugal que pessoas especializadas se sujeitem a ir para o país estrangeiro para um trabalho humilde, mas, porém, valorizador para poder sobreviver", disse à Renascença o padre Remildo Boldori.
Num outro país, o delegado das Missões Católicas na Alemanha, padre Manuel Janeiro, considera que é a defesa da Língua Portuguesa que mais preocupa a comunidade lusa.
"Há o perigo da nossa língua ficar ausente de milhares de crianças. E se tomam o hábito de porem de lado o ensino da Língua, com o tempo são os portugueses que a põem de lado", alerta.
Um dos países onde já não há praticamente emigrantes portugueses a dormir nas ruas, como acontecia há meio ano, é a Suíça.
Há caso pontuais, mas a situação está controlada, avança o padre Aloísio Araujo, coordenador da pastoral das Migrações naquele país.