Por Agência Lusa
A primeira edição do festival "Meet Portugal in New York", com um número "record" de eventos ligados a Portugal em Nova Iorque, terminou este fim de semana na metrópole norte-americana com satisfação dos promotores, que pretendem repeti-lo em 2013.
Um visionamento privado do filme curta-metragem "Celeste", do realizador português radicado em Nova Iorque José Maria Norton, recentemente selecionado para o Manhattan Film Festival, foi o evento culminante, no sábado, de um mês de atividades destinadas a divulgar o ambiente de "criatividade, cultura e negócios" em Portugal.
Para o delegado da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) nos Estados Unidos, Rui Boavista Marques, os objetivos foram atingidos, comprovando que "a comunidade portuguesa residente em Nova Iorque é bastante criativa" e comprometida com "os valores da imagem de Portugal".
"Portugal está em condições para continuar a apostar neste Festival e a AICEP já começou a preparar uma segunda edição em 2013, que projete ainda mais a imagem de Portugal e a capacidade de realização da comunidade portuguesa em Nova Iorque", disse à Lusa.
Boavista Marques espera mesmo que o festival "sirva de exemplo demonstrador para outras cidades".
Promovido pela AICEP, o festival englobou, numa mesma marca, eventos sobretudo de duas entidades privadas ligadas à promoção da cultura portuguesa na cidade, o Portuguese Circle e o Arte Institute, envolvendo outros parceiros como a Fundação Susan Sontag, os Anthology Film Archives e a Architectural League da cidade.
Dos 16 eventos da programação, promovidos através de brochuras, das redes sociais e de publicidade na revista TimeOut, dois foram adiados para depois do verão: uma palestra do arquiteto Siza Vieira no Museum of Modern Art, e a atuação da orquestra barroca Divino Sospiro - orquestra residente no Centro Cultural de Belém, em Lisboa -, no Festival Bargemusic.
Para o diretor do Portuguese Circle, João Francisco, o balanço do festival é "francamente positivo", pois "nunca a cidade assistiu a um leque tão alargado de eventos sobre Portugal".
"Mas não nos podemos esquecer que promover Portugal deve ser algo constante e não acontecer só em junho. Ao longo de todo o ano, têm de acontecer eventos de promoção de Portugal", disse Francisco à Lusa.
O evento com maior número de participantes foi organizado pelo Portuguese Circle, uma corrida no Central Park, a 17 de junho, que serviu para celebrar o dia de Portugal e mostrar produtos e música portuguesa.
O festival juntou ainda o Instituto Camões e o Turismo de Portugal, bem como a Embaixada de Portugal em Washington, empresas como a TAP, e beneficiou de patrocínio do programa Compete e do QREN.
Para Ana Miranda, diretora do Arte Institute, a participação no festival foi natural pois a "missão" era semelhante: "promover a marca Portugal e a contemporaneidade do país através da Arte".
Fizeram parte da programação eventos do Arte Institute como o New York Portuguese Short Film Festival, uma palestra do escritor José Luis Peixoto e uma exposição de artes plásticas de Sandro Resende e Paulo Romão Brás.
O "ponto negativo", afirma, é que os apoios reunidos pela AICEP para promoção, não tivessem chegado aos privados que levaram a cabo os eventos.
"São projetos criados com esforço, vontade e dinamismo de particulares, que continuam a investir para criar a tão necessária marca Portugal e que contribuem de forma fundamental para que seja possível uma mostra do país durante todo o ano", disse à Lusa.
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