José Cesário, que falava na sessão de abertura do I Encontro Mundial de
Luso-Eleitos, que decorre hoje em segunda-feira, em Cascais, adiantou
que a iniciativa visa "despertar as comunidades para a participação
cívica, política, associativa e cultural, para que dentro de algum tempo
haja redes e um lóbi organizado à escala da diáspora".
O
secretário de Estado das Comunidades - que falava perante uma plateia
com cerca de 30 senadores, deputados e autarcas de origem portuguesa no
estrangeiro - fez votos para que durante o encontro seja possível aos
participantes, que vieram da África do Sul, dos Estados Unidos, Canadá,
Luxemburgo e França, conhecerem-se e perceberem como podem colaborar
para a promoção de Portugal no estrangeiro.
A ideia é, segundo o governante, conseguir identificar no futuro "onde estão os melhores parceiros" da diáspora.
"Não
fazemos isto por Portugal estar melhor ou pior, fazemos porque
acreditamos nas nossas comunidades e que Portugal não é apenas o
rectângulo", disse.
Carlos Morais, do jornal Mundo Português,
que com o Governo organiza a iniciativa, lembrou que em todo mundo
existem cerca de 10 mil portugueses e luso-descendentes que ocupam altos
cargos políticos, considerando necessário que a sociedade portuguesa
tome conhecimento dessa realidade.
O responsável considerou os
políticos luso-descendentes "o expoente máximo da integração" dos
portugueses no estrangeiro e a garantia de que Portugal e a língua
portuguesa continuarão "no centro do mundo".
Por seu lado, o
presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, sublinhou o
significativo papel dos eleitos luso-descendentes na promoção de
Portugal.
"Portugal tem uma dívida com vocês por serem
inesgotáveis agentes da percepção positiva de Portugal no estrangeiro.
Cada voto e cada vitória que conseguem é vossa, mas é também do país",
disse Carlos Carreiras.
Público, aqui.