Vera Pinto
Dar a conhecer a cultura portuguesa nos Estados Unidos é o objectivo do "Arte Institute", uma organização sem fins lucrativos sediada em Nova Iorque, criada por uma portuguesa que emigrou há seis anos em busca de uma vida melhor.
Este é um dos projectos seleccionados pela COTEC para o prémio Empreendedorismo Inovador da diáspora portuguesa, uma iniciativa que conta com o apoio do Presidente da Republica e que distingue a capacidade empreendedora de cidadãos lusos que estão fora do país.
Ana Ventura Miranda, actriz de formação, emigrou há seis anos para Nova Iorque de onde não mais saiu. Apaixonou-se pela "Big Apple" mas sentiu que nesta maçã faltava o sabor do Portugal moderno.
"Não havia um conhecimento de Portugal contemporâneo. O objectivo do ‘Arte Institute' é mostrar o Portugal contemporâneo. Claro que crescemos muito num ano e não trabalhamos só com portugueses, mas com artistas de várias nacionalidades, incluindo brasileiros, espanhóis, americanos e franceses. Mas a missão principal continua ainda a ser a promoção da cultura portuguesa contemporânea em todas as áreas", explica.
A primeira iniciativa desta organização sem fins lucrativos, foi o festival de cinema português de curtas-metragens. Agora o "Arte Institute" já navega noutras artes: "Vamos ter uma exposição com o Sandro Resende e o Paulo Romão Brás. Dia 14 de Junho temos uma conferência com José Luís Peixoto e com uma banda de New Jersey, com quem queremos fazer um espectáculo experimental".
Tudo está nas mãos de duas pessoas. O "Arte Institute" funciona com dois voluntários, com o dinheiro que Ana Ventura ganha como galerista e com a boa vontade de amigos e dos artistas portugueses.
Ao longo da semana, a Renascença vai apresentar algumas das empresas que concorrerem ao prémio da COTEC, que distingue o empreendedorismo inovador da diáspora portuguesa.
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