Início / Recursos / Recortes de imprensa / 2012
Quase um milhão emigraram para a Alemanha em 2011
2012-05-16
A crise a duas velocidades plasma-se em realidades demográficas. A Alemanha continua a crescer enquanto outros países europeus se afundam na recessão, pelo que não surpreende afluírem à Alemanha mais imigrantes do que em qualquer ponto dos últimos quinze anos. A população alemão cresce, não graças à natalidade, mas graças à imigração.

O número de migrantes que demandaram a Alemanha no ano passado foi de 958.000, segundo um comunicado hoje divulgado peloDepartamento Federal de Estatística, em Wiesbaden. Este número superou o do ano anterior em 20 por cento ou, mais exactamente, em 160.000.

Este aumento drástico dos números da imigração tem como efeito imediato um aumento da população na Alemanha, porque o número de pessoas que emigraram da Alemanha para outros países é claramente inferior: 679.000. Há portanto um saldo demográfico de 279.000.

Só uma pequena parte dos migrantes -  116.000 - eram alemãos que regressavam após períodos de residência no estrangeiro, e essa era uma parte que se mantinha constante em relação a 2010. A União Europeia esteve na origem da maior parcela do acréscimo de migrantes estrangeiros: 34%, ou seja, 138.000 novos migrantes provieram do espaço europeu.

Entre os europeus, destacam-se, como seria de prever, os provenientes de países especialmente atingidos pela crise. A imigração proveniente da Grécia quase duplicou: ao aumentar em 11.000, o número de imigrantes gregos foi 90 por cento superior ao de 2010. De Espanha vieram mais 52 por cento de imigrantes do que em 2010. De Portugal, não constam dados, mas uma reportagem anteriormente publicada em DER SPIEGELdava conta de um súbito incremento na imigração de origem portuguesa.

Outra origem de boa parte do incremento da imigração na Alemanha são os membros mais recentes da União Europeia que, no conjunto, forneceram mais 75.000 pessoas, ou seja, o equivalente a uma subida de 43 por cento em relação ao ano anterior.

Os outros aumentos percentuais foram mais modestos: 11 por cento dos países asiáticos, 10 por cento das Américas e apenas 1 por cento de África.    

RTP, aqui.

Observatório da Emigração Centro de Investigação e Estudos de Sociologia
Instituto Universitário de Lisboa

Av. das Forças Armadas,
1649-026 Lisboa, Portugal

T. (+351) 210 464 322

F. (+351) 217 940 074

observatorioemigracao@iscte-iul.pt

Parceiros Apoios
ceg Logo IS logo_SOCIUS Logo_MNE Logo_Comunidades