A Comissão para a Defesa dos Direitos dos Portugueses em França, que esteve reunida em Paris com o secretário de Estado das Comunidades, no final de fevereiro, considera "indispensável" que a comunidade se organize para "encontrar soluções" para os problemas.
O porta-voz da comissão, Parcídio Peixoto, disse à Lusa que a delegação, que esteve durante hora e meia em reunião com José Cesário, colocou ao responsável questões sobre o ensino do português em França, sobre a reestruturação consular e sobre a situação dos novos emigrantes.
"Não saímos satisfeitos com o que ouvimos, embora, depois de ter tomado medidas das quais discordamos profundamente, o secretário de Estado tenha mostrado boa vontade em resolver os problemas que lhe colocámos", afirmou.
Parcídio Peixoto acrescentou que a comissão está "consciente de que a comunidade tem que se organizar para ajudar a que se encontrem soluções, sobretudo para a questão do ensino".
Para o secretário de Estado, José Cesário, o encontro correu "muito bem" e "abriu a porta ao diálogo": "Embora os representantes da comissão tenham discordado da forma como foram tomadas as medidas em relação ao ensino e à rede consular, compreenderam as motivações do Governo para levá-las a cabo", afirmou.
"Ouvi as preocupações deles e eles ouviram os argumentos do Governo, mostrando-se disponíveis para diálogo, a que importa agora dar continuidade", acrescentou.
O Instituto Camões anunciou no final de 2011 que iria dispensar, até janeiro, 20 professores de português em França.
Em novembro, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, anunciou no parlamento que os vice-consulados em Nantes, Clermont-Ferrand e Lille seriam encerrados no início de 2012.
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