O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, apontou hoje a língua portuguesa como o maior atractivo da comunidade lusófona, sublinhando que o «enorme valor económico» tornará «inevitável» a sua ascensão como idioma internacional de trabalho.
«Um dos pontos mais atractivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem a ver com o facto de o Português ser uma língua que vai triunfar na globalização. É falado em quatro continentes, é a sexta língua mais falada no mundo e a terceira língua de origem europeia mais influente (...). Dentro de algumas décadas, 350 milhões de pessoas falarão Português em todo o mundo e isso torna inevitável a ascensão do português como língua internacional de trabalho e tem um valor económico enorme», disse Paulo Portas.
O chefe da diplomacia portuguesa falava aos jornalistas no final da inauguração oficial da nova sede da organização lusófona, que hoje juntou em Lisboa individualidades dos oito países da organização - Portugal, Angola, Brasil, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Paulo Portas, que durante a sessão oficial ouviu do secretário-executivo da CPLP agradecimentos pelo empenho na obtenção da nova sede da organização, sustentou que «uma organização internacional que quer ser respeitada tem que ter uma sede prestigiada».
«O tema da sede internacional da CPLP estava parado há muito tempo porque muitas vezes a burocracia e a inércia fazem o seu caminho e é preciso sobrepor-lhes a vontade política», disse, adiantando que a nova sede terá «custo zero».
A CPLP mudou-se em finais de Dezembro de uma prédio na zona da Lapa, para o Palácio Conde de Penafiel, perto do Largo do Caldas, na baixa de Lisboa, um edifício histórico que até à chegada da coligação PSD/CDS-PP ao Governo português serviu de casa do ministério das Obras Públicas.
«É um lindíssimo palácio no coração da cidade de Lisboa. (...) Fica a CPLP lindamente servida, com uma sede prestigiadíssima», disse Portas, considerando que o novo espaço será um ponto de encontro «para consensos políticos» de uma comunidade «com crescente influência».
Lusa/SOL, aqui.