Interrogado sobre os incidentes, à margem de um encontro com empresários portugueses, o embaixador angolano relativizou o episódio, considerando normal o pedido de explicações do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal.
José Marcos Barrica procurou desvalorizar os acontecimentos, revelando à Agência Lusa a sua convicção de que este "incidente de percurso" não afetará as que não afetará as "excelentes" relações que considera haver entre Lisboa e Luanda.
O acordo de concessão de vistos recentemente negociado entre Portugal e Angola "está a ser cumprido", acrescentou o embaixador.
Marcos Barrica deixaria no entanto alguns conselhos a quem pretende deslocar-se a Angola, apelando particularmente à honestidade: "Temos vindo a apelar às pessoas para terem atenção e serem prudentes quando tratam dos documentos. Se eu tiver que viajar para um país em que preciso de um certo tipo de vistos, à partida eu declaro o tipo de visto que preciso, um visto ordinário. Se à entrada me for perguntado e eu não disser que venho passar férias, mas que venho trabalhar, esse visto não serve". Apesar da facilidade que resulta do protocolo recentemente celebrado entre Lisboa e Luanda, por vezes há problemas "na tramitação burocrática dos documentos", admite o diplomata
O embaixador refazia assim um pedido que o seu país tem deixado "às pessoas, não só para cumprirem os prazos mas para serem o mais honestos possível".
Dez portugueses foram impedidos de entrar em Angola e obrigados a regressar a Portugal
Com este novo episódio registado na sexta-feira sobe para 23 os cidadãos nacionais repatriados na passada semana, de acordo com as contas do SME, apesar de outras fontes referidas pela Agência Lusa mas não especificadas apontarem para um número a rondar os 19 portugueses
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