Questionado sobre as queixas de agentes do sector da construção e Obras Públicas relativas à emigração em massa de engenheiros portugueses, Almeida Henriques respondeu que "encontrar uma oportunidade lá fora não significa que não voltem, que não sejam futuros empresários em Portugal".
"Esse é um falso problema. Os quadros qualificados portugueses podem desenvolver o seu trabalho noutros mercados, [isso] só traz vantagens para Portugal do ponto de vista da sua estratégia de internacionalização", acrescentou o governante, à margem de uma conferência da Associação de Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, no Porto.
O secretário de Estado deixou novamente a garantia aos empresários da construção que a partir do início do próximo mês o Estado começará a pagar algumas das dívidas que tem em atraso, usando parte do dinheiro obtido com a transferência dos fundos de pensões da banca para a Segurança Social.
O presidente da associação do sector, Reis Campos, contabilizou esta manhã as dívidas do Estado em 1,3 mil milhões de euros, sendo 903 milhões da responsabilidade das autarquias - que pagam a 8 meses, em média - e o restante da Administração Central.
Construtores devem pensar em fusões
Em declarações aos jornalistas, Almeida Henriques apontou o caminho da internacionalização para um sector que tem "um forte know-how", exemplificando com o mercado da Colômbia
"O caminho deste sector passará muito pela junção, fusão e reestruturação de empresas", acrescentou o governante. Questionado sobre eventuais apoios públicos à internacionalização do sector, respondeu que "a seu tempo os terá, dentro dos condicionalismos e restrições que o País atravessa no momento".
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