Miguel Relvas voltou a defender que a juventude portuguesa tem na emigração um melhor futuro.
O ministro dos Assuntos Parlamentares diz que encontrou em Moçambique muitos jovens que para lá emigraram e que este é um bom exemplo do que deve ser uma nova geração da mobilidade.
«Demos-lhe formação, mas não lhe damos o que precisam para um emprego. Não lhes damos oportunidade de serem úteis à sociedade. Essa mesma juventude, bem preparada, é uma juventude da mobilidade», disse.
Relvas defende que Portugal deve «olhar para outros mundos» e menos para a Europa e valorizou a existência de uma nova emigração protagonizada por uma «juventude bem preparada».
«Se nós olharmos para a nossa história, sabemos que sempre que nos encostaram ao oceano foram os momentos de maior glória da nossa história», disse Miguel Relvas.
Na sua opinião, «a verdade é que nos últimos 20 anos estivemos demasiado preocupados com a Europa».
O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares disse que «Portugal é forte quando olha para o mundo», acrescentando que «a vocação do Atlântico Sul é a vocação da nossa história».
Para o governante, que falava nos Paços do Concelho de Penela, vive-se «um tempo de incerteza em Portugal como em toda a Europa» e o país «precisa necessariamente de exportar e precisa de encontrar novos mercados».
Miguel Relvas recordou a sua recente viagem a Moçambique e disse ter apreciado em Maputo, em contacto com jovens licenciados portugueses que trabalham no país, a sua maneira de «ver o mundo com outros olhos» e a sua «capacidade de se adaptarem» a novas realidades.
«Temos uma adaptabilidade de tal forma que nos permite estarmos nas Américas, na Ásia ou nas Áfricas como estamos no nosso continente ou no nosso país», afirmou.
«Está na hora e na altura de sabermos aproveitar essa condição natural» dos portugueses, pois «foi também por dificuldades que vivemos à época que nós fomos à vida, à procura de outros mundos e de outros mercados», no século XV, disse.
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