"Penso que [a criação de uma agência nacional para ajudar quem queira emigrar] seria benéfico, porque apesar das pessoas que emigram atualmente terem uma instrução diferente das que emigravam há 30 ou 40 anos, ajudaria em termos de integração e de terem informações sobre o que vão encontrar nos países que as recolhem", considerou Luís Carrasquinho.
O eurodeputado do PSD Paulo Rangel sugeriu na terça-feira a criação de uma agência nacional para ajudar os portugueses que queiram emigrar, considerando que essa pode ser uma "segunda solução" para quem não encontra trabalho em Portugal.
Às tantas, nós até devemos pensar, se houver essas oportunidades, em, de alguma maneira, gerirmos esse processo. Talvez fosse uma forma de controlar os danos. Era ter, no fundo, uma agência nacional que pudesse eventualmente identificar necessidades e procurar ajustar as pessoas que tivessem vontade - não é forçar ninguém a emigrar, não se trata disso - e canalizar isso", afirmou Paulo Rangel.
Uma posição que o membro da OIM acha que "faz sentido" nomeadamente quando os portugueses partem para países como o Brasil ou Angola "em que as estruturas sociais funcionam de uma forma diferente do que em Portugal".
Além disso, acrescentou, "há muita gente que quer emigrar, cada vez há mais pessoas a pretender sair de Portugal".
No entanto, para Luís Carrasquinho, já existe uma estrutura governamental que deveria ter a função de ajudar quem quer emigrar: a secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.
"No âmbito das funções deles, a sua missão - para além de acompanharem as embaixadas e os consulados - é apoiar as comunidades portuguesas, quer as que estão fora, quer as que potencialmente podem emigrar", lembrou.
Por isso, "as palavras do Dr. Paulo Rangel fazem sentido, mas devem ser aproveitadas ou reforçadas as estruturas que já existem para apoiar as pessoas que pretendem emigrar", concluiu.
Diário de Notícias, aqui.