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Carlos Fiolhais pede maior valorização dos jovens talentos
2011-10-20
O físico Carlos Fiolhais defendeu hoje que Portugal pode travar a emigração de jovens talentos, dando-lhes a possibilidade de ascenderem à cátedra universitária e de ajudarem a inovar nas empresas.

Com os cortes previstos no Orçamento do Estado para 2012, "há o perigo  de alguns jovens cérebros brilhantes se sentirem tentados a ir para fora  de fronteiras e, pior do que isso, a lá ficar. Para eles poderia ser bom,  mas era mau para nós", disse o físico à agência Lusa.  

Para "contrariar activamente" a tendência de êxodo de jovens "a quem  demos bolsas e temos de dar vida", o docente da Universidade de Coimbra  defendeu maior ligação da ciência à universidade e, dentro desta, maiores  oportunidades para os jovens "cérebros".  

"Montou-se um sistema de ciência muito dinâmico nos últimos tempos,  mas em grande parte ele está ao lado da universidade. É preciso pô-lo mais  lá dentro. E contratar os jovens para a universidade, que tem um corpo docente  que está a ficar envelhecido", afirmou Fiolhais.   

"Não basta dar-lhes apenas uma bolsa, mas dar-lhes também a possibilidade  de ascenderem à cátedra e criarem os seus grupos de investigação dentro  da universidade", defendeu.  

Para o físico, "mais importante do que isso é a ligação dos jovens talentos  à economia. É preciso que os jovens brilhantes na investigação vão também  para as empresas. E é preciso que as empresas percebam que tem ali também  uma maneira de segurar o futuro".  

Correio da Manhã, aqui.

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