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Passos exorta luso-americanos a investir em Portugal
2011-09-24
O primeiro-ministro apelou à comunidade luso-americana para acreditar que Portugal vai ultrapassar as atuais dificuldades e pediu mais investimento no país de origem.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi sexta-feira à noite a Newark, nos Estados Unidos, para exortar a comunidade luso-americana local a acreditar que Portugal vai ultrapassar as dificuldades presentes e pedir mais investimento no país de origem.

Numa noite de sexta feira chuvosa, e apesar de um atraso de cerca de uma hora em relação à hora prevista, mais de duas centenas de pessoas aguardaram no salão nobre do Sport Clube Português, a mais emblemática agremiação daquela comunidade do Estado de Nova Jérsia, para ouvir o primeiro-ministro, na sua primeira visita aos Estados Unidos.

"Todos os que estão aqui estão na primeira linha daqueles que nos podem ajudar a vencer estas dificuldades", disse o primeiro-ministro aos presentes, prometendo empenho para devolver às comunidades no estrangeiro o "orgulho" no país.

A "rede de Portugal em todo o mundo", afirmou, pode ser um veículo de "investimento e de levar mais longe as empresas portuguesas".

"Isso obriga-nos a conversar melhor com as nossas comunidades em todo o mundo. Lidar mais de perto com todos aqueles que falam a nossa língua, apesar de não serem comunidades portuguesas, desde logo países CPLP" (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), alguns dos quais são economias com elevado ritmo de crescimento e estão nos diversos continentes.

Ronda de contactos diplomáticos bilaterais


O primeiro-ministro chegou quinta feira a Nova Iorque para participar no debate da Assembleia Geral da ONU e manter uma preenchida ronda de contactos diplomáticos bilaterais.

"Estamos empenhados em mostrar na Europa e no mundo que as dificuldades que temos vão ser superadas. Sabemos o que correu mal e estamos disponíveis para fazer correções", disse.

Estas para já implicam "sacrifícios", mas a prazo deverão levar o país ao "caminho de crescimento económico, desenvolvimento e criação de emprego", adiantou.

"Conto muito com todos vós para nos ajudar neste processo. Podem ajudar a explicar que Portugal não é um país de se ir abaixo, é um país com uma história muito antiga", disse Passos Coelho.

Além de muitos emigrantes, no Sport Clube Português estiveram o Embaixador em Washington, Nuno Brito, a cônsul geral em Newark, Amélia Paiva, além de outros membros do governo como o ministro dos Negócios Estrangeiros e o secretário de Estado das  omunidades.

Abertura do país ao investimento


O evento foi ao jeito de um "town hall" norte-americano, com perguntas e comentários da assistência, sobre temas como a votação para eleições em Portugal ou a RTP Internacional.

A uma questão de um imigrante sobre a abertura do país ao investimento, o primeiro-ministro respondeu que "todos os capitais nesta altura são bem vindos".

Dando como exemplo setores como as tecnologias de informação, afirmou que Portugal "não quer só o dinheiro, quer também o know-how e a possibilidade de
outras pessoas de outras partes do mundo se poderem instalar" no país. Para "rentabilizar" esses investimentos, o governo procura agora "acabar com
fatores de rigidez, seja no mercado de trabalho ou forma como os investidores se relacionam com o Estado, tudo aspetos a melhorar grandemente".

"Precisamos muito da vossa cooperação e da vossa intervenção nesta fase difícil em que vivemos", disse Passos Coelho.

Expresso, aqui.

 

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