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Comunidades: Confraria dos Financeiros de Paris passa a “centro de reflexão”
2011-07-15

Paris, 15 jul (Lusa) - A Confraria dos Financeiros de Paris, que junta quadros bancários e do mundo dos negócios franceses e portugueses, pretende passar a centro de reflexão e estudo, afirmou hoje à Agência Lusa um dos responsáveis da iniciativa.

O presidente da Confraria dos Financeiros de Paris, Roger Carvalho, diretor de Petróleo e Gás do grupo Renaissance Capital, declarou que o objetivo deste "think tank" informal é contribuir com "análise, reflexão e propostas" em temas relacionados com Portugal e o espaço lusófono.

Entre as ideias saídas da última reunião da Confraria dos Financeiros de Paris está a repatriação de talentos, seguindo o exemplo de países como a França e Marrocos, a utilização da "rede civil" entre quadros superiores de empresas internacionais e a ligação mais estreita da rede diplomática à estratégia de atração de capital estrangeiro.

"Não somos um grupo fechado, pelo contrário, estamos sempre prontos a acolher quem quiser partilhar connosco as suas ideias e reflexões", explicou Roger Carvalho sobre o funcionamento da confraria.

"A passagem a ‘think tank' é uma evolução natural da confraria, para que as ideias discutidas possam ser registadas e circular por quem não participou nos jantares e também por um público mais alargado", afirmou uma das dinamizadoras do grupo, Ana de Morais, responsável de Gestão de Clientes da Europa do Sul na sede do banco francês Société Générale em Paris.

A passagem a "fábrica de ideias" significa sistematizar e passar ao papel a reflexão sobre temas de atualidade económica, política e cultural que é feita informalmente nos jantares que a Confraria dos Financeiros de Paris organiza mensalmente com uma personalidade portuguesa em funções, ou em trânsito, na capital francesa.

Das ideias discutidas no último jantar do grupo, realizado a 07 de julho em Paris, Roger Carvalho salientou "a intervenção da rede civil, que passaria pela identificação de altos executivos de empresas no estrangeiro que possam promover ou influenciar na tomada de decisões de investimento em Portugal".

Outra proposta da Confraria dos Financeiros é "a repatriação de talentos que possam acrescentar valor para Portugal, independentemente do setor de atividade", uma vez que, como referiu o gestor franco-português, "outros países estão a fazer isso de forma sistemática".

A confraria defendeu também um maior "papel da rede diplomática portuguesa na promoção da atividade da economia e indústria portuguesas e a implantação de empresas estrangeiras em Portugal", sugerindo algumas modalidades práticas de implementação.

Um exemplo discutido pela Confraria é a Coopération du Service Nationale francês, que permite a empresas exportadoras recorrer a jovens quadros que, por seu lado, efetuam no estrangeiro o tempo equivalente ao do serviço militar, com uma missão específica de estudo de mercado ou de implantação.

A Confraria dos Financeiros de Paris alargou recentemente a sua reunião mensal a personalidades do mundo de língua portuguesa relacionadas com Angola, Cabo Verde e Moçambique.

PRM.

Lusa/Fim

 

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