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Lisboa, 08 jun (Lusa) - O empresário Filipe de Botton defendeu hoje a necessidade de se aproveitarem as oportunidades que existem na diáspora portuguesa ao nível do empreendedorismo inovador para que Portugal possa potenciar o crescimento das suas exportações.
"Nós temos dificuldades devido à crise do país, mas podemos maximizar as oportunidades [no âmbito do empreendedorismo inovador] que podem existir nos cinco milhões de portugueses que estão fora do país", disse o presidente do júri do 4.º "Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa" que visa distinguir portugueses com sucesso no estrangeiro.
Filipe de Botton falava à agência Lusa à margem do encontro que decorre no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, organizado pela Cotec Portugal, e que tem o Alto Patrocínio Presidência da Republica, Cavaco Silva que encerrará o evento.
O empresário explicou também que os empreendedores portugueses na diáspora podem ajudar através dos seus contactos como agentes facilitadores de um aumento das exportações.
Filipe de Botton considerou que os empreendedores portugueses na diáspora na área da inovação "estão muito bem inseridos nas suas sociedades de acolhimento", pelo que podem ser igualmente agentes da divulgação dos produtos portugueses e contribuir para o reforço da rede de contactos entre empresas portuguesas.
O empresário e presidente do júri de seleção do prémio explicou à Lusa que a "grande razão" da existência deste galardão, pela quarta edição, tem a ver com a aproximação de Portugal à diáspora e a diáspora a Portugal.
Esta edição vai distinguir os que mais apostaram na inovação e empreendedorismo, num total de 112 candidaturas oriundas de 30 países dos cinco continentes.
"Há um grande entusiasmo. Se olharmos para os mais de 50 encontros que foram solicitados por empresas portuguesas para estarem com estes nossos colegas [empreendedores inovadores na diáspora] demonstra bem o sucesso e o interesse em se aproximarem", destacou.
O gestor referiu também que o empreendedorismo inovador entre a diáspora e Portugal tem sido "mal trabalhado e tratado", mas que há que ser otimista: "Tudo tem de ser feito com persistência, leva tempo, mas vale a pena", concluiu.
JS
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