"Nas últimas eleições legislativas muitos portugueses receberam o voto por correio e depois dirigiram-se aos consulados no fim-de-semana para o entregar", disse Paulo Pisco à agência Lusa, adiantado que isso decorre "da confusão que existe em alguns eleitores" por votarem uma vezes por correspondência e outras presencialmente. Os emigrantes votam por correspondência para as eleições legislativas e presencialmente para as europeias, presidenciais e eleição do Conselho das Comunidades, órgão de consulta do governo em questões de emigração. Paulo Pisco, que se recandidata como cabeça-de-lista do PS pelo círculo da Europa, receia que a proximidade com as eleições presidenciais de Janeiro possa levar os eleitores a pensar que a forma de votação nas legislativas de 05 de Junho é também presencial.
"O fato de ter havido há tão pouco tempo eleições presidenciais pode induzir as pessoas em erro", considerou. O deputado defende que para evitar que isso aconteça "é necessária uma campanha de informação eficaz" e que esclareça que nestas eleições legislativas se vota por correspondência. Paulo Pisco defende que, no âmbito da referida campanha, haja uma informação "tão massiva quando possível" através de todos os meios de comunicação social, nomeadamente através das emissões internacionais das televisões, mas também através dos consulados.
Paulo Pisco considera que é "preciso uma consciência mais aguda da necessidade desta informação" e, nesse sentido, questionou os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna, sobre este assunto através de um requerimento. O deputado quer saber que meios serão utilizados para informar os portugueses residentes no estrangeiro sobre a forma de votar nas eleições legislativas de 05 de Junho e quais as acções informativas previstas para os consulados.
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