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Língua: Conselheiros defendem nomeação de adjunto para área de Nova Iorque
2011-04-12
A não nomeação de um adjunto da coordenação do ensino do português, para a área metropolitana de Nova Iorque foi questionada pelos conselheiros das Comunidades Portuguesas durante a reunião plenário do CCP, em Março último.

Numa moção apresentada no último dia do encontro, e a que o Emigrante/Mundo Português teve acesso, os cinco membros do CCP pelos Estados Unidos, perguntaram "por que razão não foi nomeado um adjunto especificamente para a zona de New Jersey/New York, Pensylvania, Virginia e Connecticut", afirmando que aquela é uma área que engloba "as maiores comunidades que ainda falam e escrevem português e que, constantemente, solicitam um investimento na língua", sendo ainda a zona que reúne "mais escolas comunitárias, mais alunos e mais professores no activo".
Claudinor Salomão, Elmano Costa, João Pacheco, José Morais e Manuel Carrelo referem no documento, que o CCP já havia defendido a nomeação de um adjunto para aquela região "recrutado entre os professores que residem nos Estados Unidos" para que fosse aproveitado o seu conhecimento da realidade local, a possibilidade de mobilidade própria "sem despesas para Portugal" e o facto de possuir residência no país que facilitaria "um trabalho mais activo" junto das comunidades, escolas de herança, professores e autoridades locais.

300 mil portugueses e 40 escolas

Os conselheiros sublinham que a área metropolitana de Nova Iorque "é um mundo cosmopolita de 18 milhões de habitantes" onde pessoas e instituições "manifestam uma tendência grande para aprender línguas", sendo 2privilegiada para investirmos no português como língua internacional", algo que, acrescentam, "não tem acontecido sequer nas universidades".
Por outro lado, lembram que é uma zona com "mais de 300 mil portugueses residentes só de primeira geração, mais de 40 escolas de Herança (escolas comunitárias) e aquela com o maior centro lusófono do país (Universidade Rutgers), com centenas de alunos inscritos em Português, mas esmagadoramente oriundos das comunidades portuguesas e lusófonas".
É nesse sentido que insistem na nomeação de um professor daquela zona para o cargo de adjunto da coordenação do ensino, "capaz de concentrar sinergias para desempenhar um trabalho pró-activo e de proximidade" na área metropolitana de Nova Iorque, "sem prejuízo de se continuar o bom trabalho que se tem vindo a desenvolver em outras áreas".

Professores "na corda bamba"

Outra questão levantada no documento entregue a 31 de Março, no último dia dos trabalhos do plenário do CCP, diz respeito aos professores de língua portuguesa com vínculo a Portugal que leccionam nas escolas comunitárias dos Estados Unidos em regime de licença sem vencimento.
Os conselheiros alertam para a situação "dramática e na corda bamba" que dizem ficar estes oito docentes, já que se aproxima o término do ano lectivo e estes não sabem "se podem continuar a dar aulas nas suas escolas nos Estados Unidos ou se têm que regressas a Portugal em Setembro". Uma situação que consideram "inadmissível", acrescentando que provoca nestes professores "uma ansiedade quase desumana", já que "tem as suas famílias e as suas casas e necessitam de saber com tempo o que vai ser a sua vida no próximo ano", lê-se no documento.
Os autores da moção defendem uma solução urgente para o problema que, no seu entender, deveria passar pela integração daqueles docentes "na rede do Ensino do Português no Estrangeiro (EPE) do Instituto Camões", permitindo-lhes continuar a leccionar em regime de comissão de serviço "como acontece com os seus colegas da Europa e da África do Sul".
Por último, os conselheiros referem a falta de investimento no EPE na América do Norte, lembrado que "o ensino continua a ser pago pelos pais dos alunos e pelas associações, os professores continuam a trabalhar voluntariamente, muitos deles sem formação, os alunos continuam a ter que comprar os seus livros e tudo o mais".
Por esse motivo exigem que o Instituto Camões, através da Coordenação do Ensino nos Estados Unidos, "organize estes cursos comunitários e pague a estes docentes pelo trabalho que aqui fazem em nome do Estado português".
Ana Grácio Pinto
apinto@mundoportugues.org

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