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Mudança de instalações do consulado de Londres repensada, diz deputado PS
2011-02-07
A mudança de instalações do consulado de Portugal de Londres prometida para Janeiro pelo Governo poderá não acontecer e outras soluções estão a ser estudadas, admitiu hoje o deputado socialista Paulo Pisco.

Após uma visita e encontro com o cônsul geral, José Macedo Leão, o deputado da Emigração no círculo da Europa afirmou à Agência Lusa que "neste momento existem várias possibilidades para resolver os problemas do consulado".

"A mudança é possibilidade, da mesma maneira que terão de ser ponderadas todas as possibilidades, inclusivamente, e no limite - sublinho, no limite - a possibilidade de se manterem as actuais instalações", vincou.

Numa passagem pela capital britânica em Setembro de 2010, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, deu conta do avanço do processo e mostrou-se convencido de que seria possível fazer a mudança completa até final de 2010 ou meados de Janeiro de 2011.

Os problemas no atendimento do consulado têm sido motivo de críticas da comunidade, funcionários e partidos da oposição e o próprio Governo admitiu a necessidade de melhorar o serviço.

Com a nova "estrutura", prometeu Braga, seria possível obter "ganhos na qualidade do serviço e também fluidez na recepção e no tratamento das questões baixando drasticamente os tempos de espera e qualificando em geral o seu serviço".

Passados três meses, Paulo Pisco admitiu que "o compromisso não foi cumprido" e queixou-se de problemas em "encontrar instalações que possam acolher uma funcionalidade que o consulado tem com todas as suas necessidades de espaço de forma a prestar um serviço público".

A hipótese que estava a ser ponderada até há pouco tempo tinha como pontos fracos o acesso difícil para pessoas de mobilidade reduzida e a falta de condições de trabalho.

Agora, o deputado chega a admitir a sugestão do cônsul de permanecer no edifício actual, que possui ainda salas desocupadas, e o investimento ser feito no "reforço em termos de funcionários para melhorar os serviços".

"Irei transmitir ao Governo essa preocupação", adiantou.

Embora tenha sido reforçado recentemente, o consulado, incluindo o cônsul adjunto, funciona com apenas 16 funcionários, depois de um de se ter recentemente aposentado e outro ter pedido transferência.

Contactada pela Lusa, fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades referiu que as "diligências" para resolver os problemas de funcionamento do consulado "estão em curso", acrescentando que "logo que seja encontrada a solução será anunciada".

Paulo Pisco encontrou-se também hoje com Steve Reed, o líder de Lambeth, zona no sul de Londres onde se concentra a comunidade portuguesa, com o qual aproveitou para discutir dificuldades no ensino do português.

O deputado afirmou que a autoridade local se "comprometeu a apoiar esforços da Coordenação do Ensino para desonerar carga financeira com o aluguer de salas" usadas para as aulas de português fora do horário escolar.

Steve Reed adiantou ainda à Lusa que tinha sido encontrada uma solução para manter em funções Luísa Ribeiro, a professora consultiva para o ensino português que tinha sido despedida por cortes do financiamento do Governo britânico.

Público, aqui.

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