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Alemanha oferece trabalho a jovens desempregados portugueses
2011-01-25
Os jovens desempregados portugueses podem vir a encontrar soluções de emprego na Alemanha se vingar um projecto do partido da chanceler Angela Merkel.

Os democratas-cristãos querem compensar a falta de quadros técnicos na Alemanha atraindo jovens de Portugal e Espanha para o mercado de trabalho germânico, noticiava ontem a edição online do Der Spiegel . Há uma falta de 500 mil a 800 mil trabalhadores especializados, sobretudo nas áreas da engenharia e telecomunicações.

"No sul e no leste da Europa há muitos jovens desempregados que procuram urgentemente trabalho", disse ao Der Spiegel o vice-presidente do grupo parlamen- tar democrata-cristão, Michael Fuchs. O plano de atrair jovens portugueses qualificados merece as preferências da principal força política do governo, sobretudo para trabalhadores entre os 27 países membros, de acordo com o semanário alemão. "É melhor ir buscar força de trabalho à Europa do que ter de mudar de novo a lei de imigração para permitir a entrada de pessoas de outras regiões", justificou Max Straubinger, dirigente político da União Social Cristã (CSU) da Baviera. O responsável sugeriu que o governo federal apoie iniciativas de angariação de quadros técnicos ibéricos.

O Der Spiegel revela ainda que a chanceler Angela Merkel também se mostrou aberta à ideia, e que o tema estará na agenda das próximas consultas entre os governos alemão e espanhol. Na Alemanha existem quase sete milhões de imigrantes, um terço dos quais oriundos da Turquia.

Actualmente vivem na Alemanha cerca de 116 mil portugueses, e nos últimos tempos têm chegado muitos jovens com dificuldades em encontrar colocação em Portugal, à procura de oportunidades na maior economia europeia, e normalmente têm êxito.

A grande vaga de imigração portuguesa na Alemanha ocorreu nos anos 70 do século passado. Actualmente, porém, falta sobretudo pessoal altamente especializado em vários ramos de actividade ao maior país da União Europeia, cujo desemprego tem vindo a diminuir progressivamente, e se situa agora na casa dos 7%.

Diário de Notícias, aqui.

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