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Venezuela: Luso-descendentes querem ter voz mais activa
2010-11-22
A língua portuguesa, o associativismo, as oportunidades de negócios na Venezuela e de estudos e emprego em Portugal estiveram em debate no passado fim-de-semana. O 1º Encontro Nacional de Jovens Luso-descendentes da Venezuela juntou em Caracas 150 jovens de origem portuguesa, que querem deixar patente a importância do seu papel na afirmação da comunidade na Venezuela, no apoio a acções de promoção externa de Portugal e na capacidade de afirmação económica bilateral.

Os luso-venezuelanos precisam ter "um compromisso mais firme" e "uma presença mais activa" nas associações de portugueses na Venezuela. O desafio foi deixado pelo presidente da Associação de Jovens Luso-descendentes (Ajlv), no Iº Encontro Nacional de Jovens Luso-descendentes da Venezuela que decorreu em Caracas, entre 19 e 21 deste mês, numa iniciativa da Embaixada de Portugal e da Ajlv, e que contou com a participação de jovens com idades compreendidas entre 18 e 35 anos, de várias localidades da Venezuela.
"Cada de um nós, jovens, tem que ter um compromisso mais firme, uma presença mais activa, ser relevo nas instituições para dar continuidade ao associativismo português na Venezuela", disse Jany Moreira, citado pela agência Lusa. "O objetivo dos luso-descendentes é que Portugal tenha uma representação neste país de acolhimento para que possamos alcançar níveis que ainda não alcançámos, temos gente na política, no desporto, misses, o objectivo é constituir delegações regionais e que cada uma dessas entidades seja um núcleo de associativismo jovem", explicou. Um relevo que poderá ter tido o seu ponto de partida com a realização do 1º Encontro, um evento que a Cônsul-geral de Portugal em Caracas considerou uma "oportunidade soberana" para estes jovens da Venezuela.
"Esta iniciativa que tem, pelo menos a nível venezuelano, um carácter inovador e até pioneiro, constitui uma oportunidade soberana para os jovens luso-descendentes na Venezuela tomarem consciência da sua força e também da sua importância. E simultaneamente para nos apercebermos e tirarmos partido do seu elevado potencial em benefício não só dos próprios jovens e da sua afirmação na sociedade venezuelana, mas também do reforço do relacionamento bilateral", disse Isabel Brilhante Pedrosa à Lusa.

"Valor incalculável"

Numa mensagem dirigida aos cerca de 150 participantes do Encontro, o secretário de Estado das Comunidades referiu que os luso-venezuelanos são "os filhos da saga da Diáspora" que, "devidamente respeitados e mobilizados", podem constituir-se em "valor incalculável" para Portugal. António Braga considerou ainda que Portugal tem nas "gerações emergentes das comunidades portuguesas um património cultural, linguístico e económico muitíssimo valioso", salientado que o Governo português reconhece que o "investimento do presente e do futuro" compreende o "reforço da ligação do país com as novas gerações", que designou como os "filhos da saga da Diáspora que marcou indelevelmente períodos importantes da história portuguesa".
Mais de 150 jovens com idades compreendidas entre 18 e 35 anos, de várias localidades da Venezuela, participam num evento em que vão analisar a situação da língua portuguesa na Venezuela, a participação juvenil no movimento associativo, as oportunidades de estudo e trabalho e de oportunidades de negócio e investimento em Portugal.
Por outro lado, Jany Moreira frisou ser importante que haja mais apoios directos aos centros de cultura e associações, apoio técnico e logístico, especialistas em diversas áreas e uma base de dados na Internet. No entanto, sublinhou que esse apoio e as iniciativas têm de partir dos jovens da comunidade luso-venezuelana, sem recorrer ao Estado português. "A nossa comunidade não precisa de apoio material, precisa mais de apoio moral, porque nós comunidades demonstramos ao longo de muitas décadas que não precisamos do Estado português para ser comunidade portuguesa", disse.

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