Três Conselheiros das Comunidades Portuguesas pediram uma audiência "com caráter de urgência" ao Primeiro Ministro, José Sócrates, para denunciarem a situação em que se encontra aquele órgão de consulta do Governo em questões de Emigração.
"O Governo não nos consulta, o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) não tem meios para orientar a sua atividade e temos a sensação que ninguém nos quer ouvir", disse o Conselheiro da Suíça Manuel Beja à agência Lusa.
Juntamente com Manuel Beja subscreveram a carta enviada ao Primeiro Ministro os Conselheiros na Suécia, Amadeu Batel e no Brasil, Alcides Martins. Curiosamente, não é oPresidente do Conselho Permanente a solicitar a audiência a José Sócrates.
Sublinhando que "as Comunidades portuguesas podem ter uma função importante na recuperação da economia portuguesa", o Conselheiro lamentou que "o Governo não consulte o CCP".
O futuro das Comunidades portuguesas e do ensino da língua e da cultura são outros temas que preocupam os Conselheiros.
O Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas tem agendada uma reunião entre 3 e 5 de novembro em Lisboa e é nessa ocasião que os Conselheiros pretendem reunir-se com o Primeiro Ministro. "Por ocasião de uma reunião que o Conselho Permanente irá efetuar entre 3 e 5 de novembro, solicitamos uma reunião de carácter urgente, em consequência da grave situação sentida por grande parte das nossas Comunidades, face à irrefragável ausência de diálogo entre o Governo e o CCP", lê-se na carta.
O CCP é o órgão de consulta do Governo em matéria de emigração, constituído por 96 conselheiros e tutelado por um Conselho Permanente, composto por 15 elementos.
Lusojornal, aqui, página 2