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Estados Unidos: Cortes dificultam expansão da língua portuguesa
2010-08-30

 

Segunda-Feira, 30 Agosto de 2010 A política de cortes orçamentais que muitos estados norte-americanos implementaram na sequência da recente crise económica está a dificultar a expansão do português nos Estados Unidos, afirmou à Lusa a professora universitária Deolinda Adão.
"Neste momento de cortes (o ensino de línguas estrangeiras) é uma daquelas áreas para as quais as administrações olham para fazer cortes nos orçamentos", disse a directora do programa de português na Universidade de San Jose na Califórnia, viabilizado pela comunidade portuguesa local, que sustentou 80 por cento dos custos". "É uma oferta que eles estão a fazer a universidade, se não [o programa] não existiria", disse à Lusa.
Outro dos seus programas de ensino do português, na Universidade Comunitária de Berkeley, está a ter dificuldades em afirmar-se, porque em vez de duas aulas de primeiro nível foi apenas autorizada a dar uma, e a percentagem de alunos que normalmente passa ao segundo nível (30 por cento) não é suficiente para formar uma turma.
Deolinda Adão foi uma das intervenientes no Congresso Internacional do Ensino da Língua e Culturas Portuguesas na América do Norte, que decorreu a 27 de Agosto e marcou o centésimo aniversário do ensino oficial do português na América do Norte.
Segundo os últimos dados da Modern Language Association, que estuda as matrículas nas línguas estrangeiras em universidades norte-americanas, a oferta de aulas de português tem vindo a aumentar nos últimos anos, na ordem 20 por cento até 2006, aponta o subdiretor da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, António Luís Vicente. À data do estudo, eram 270 a 280 as universidades a ensinar a língua, além de 110 a 120 liceus, sem contar com as escolas comunitárias.

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