Jorge Fonte (ww.expresso.pt)
Depois da polémica criada com a expulsão dos ciganos romenos do território francês, o Governo de Sarkozy parece agora não querer parar. Os cidadãos europeus com cadastro e residentes em França correm o risco de serem expulsos do país.
Pierre Lellouche, ministro dos Assuntos Europeus, defende a saída das comunidades que tenham emigrantes criminosos. "Estas expulsões são efetuadas ao abrigo de uma diretiva de 2004 e que não se aplica apenas a romenos. Ela aplica-se a belgas, portugueses ou espanhóis, como é de direito do quadro europeu. Penso que as críticas são excessivas."
Para explicar as várias expulsões, o Governo francês recorre às estatísticas policiais, com o aumento em 2009 da criminalidade envolvendo romenos, avança a RTP. Oito mil ciganos já foram expulsas de França e ainda vão sair mais segundo Brice Hortefeux, ministro do Interior francês.
"Vamos prosseguir com o desmantelamento de campos ciganos ilegais. Imaginem a primeira ou segunda maior democracia do mundo, os Estados Unidos por exemplo, a aceitarem a instalação de 250 caravanas provenientes do México", explicou o ministro. "Aquilo que é válido para os outros, aplica-se igualmente a nós", concluiu o político francês.
Expulsões polémicas levam a queda de popularidade
Duas sondagens mostram que, se as presidenciais francesas fossem hoje, Sarkozy não seria o líder escolhido pelo povo. Na mesma altura em que França começou a vaga de expulsões, o Presidente francês atingiu o seu nível de popularidade mais baixo de sempre, com o acumular do descontentamento dos cidadãos.
No entanto, não é apenas França que está a expulsar ciganos romenos, já que Suécia, Dinamarca, Itália e Alemanha estão a proceder às mesmas expulsões.
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