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Emigrantes devem contribuir para a recuperação da economia
2010-07-31
As comunidades portuguesas no estrangeiro devem ser envolvidas na promoção dos produtos e serviços portugueses para contribuirem de forma mais assinalável para a recuperação económica, defendeu hoje o diretor do jornal «As Notícias», publicado no Reino Unido, João Noronha.

O contributo que as comunidades portuguesas podem dar ao crescimento da economia portuguesa foi o tema abordado pelo diretor, João Noronha, hoje, na IV Convenção Mundial das Comunidades Portuguesas, em Chaves.

Para João Noronha, «este tema é, de certa forma, polémico, porque sabemos que não existe há anos desenvolvimento económico assinalável em Portugal».

Acrescentando que, «para além das remessas, não há qualquer contributo notável em termos económico financeiro das comunidades portuguesas residentes no estrangeiro», o responsável afirmou que «não existem quaisquer instituições de comércio, de investimento e de intercâmbio económico financeiro entre Portugal e os centros de emigração espalhados pelo mundo e vice versa».

Segundo João Noronha, hoje já não é suficiente o valor das remessas enviadas pelos emigrantes, «é necessário envolver os emigrantes na promoção, divulgação e internacionalização de produtos, serviços e empresas na captação de investimentos estrangeiro para Portugal».

Esta tarefa «é exequível desde que haja vontade política e capacidade de associação de parte da chamada população emigrante portuguesa», referiu.

Uma das soluções seria, segundo João Noronha, promover feiras de comércio e serviços apresentando Portugal aos mercados estratégicos na Europa e outros continentes.

Estas feiras, sobre o tema único de Portugal, «abririam uma plataforma que iria despoletar uma quantidade de oportunidade de negócio a gerir mais tarde por elementos das comunidades emigradas e, por fim, capazes de produzir novas receitas para Portugal», acrescentou.

Por isso, «é essencial mostrar o Portugal moderno capaz de apresentar produtos de qualidade e não uma imagem de 'mass production' sem capacidade de competir com outros países do Leste Europeu, China, índia, entre outros», defendeu.

«Portugal tem hoje uma face diferente e de grande qualidade que precisa de ser dinamizada e divulgada por todo o mundo», salientou ainda o diretor do jornal no Reino Unido «As notícias».

Nos produtos e industriais tradicionais, «Portugal perde-se porque não se organiza no exterior e carece de dinâmica de marketing e divulgação», terminou.

Diário Digital / Lusa

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