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Portugueses retornam a Angola como imigrantes
2010-07-14

Por VNN Staff / com NYT, Jornal de Noticias e Correio da Manhã
Assolada pelo défice e alto índice de desemprego, a economia portuguesa está a ser redireccionada para a África onde as antigas colónias, principalmente Angola, podem servir de tábua de salvação para muitos operadores lusitanos.

A visita a Luanda do presidente português, Aníbal Cavaco Silva, a partir do próximo domingo, pode ser entendida como uma tentativa de recuperar terreno ante uma concorrência internacional que vai ganhando terreno em relação à antiga potência colonial.

Fora do espaço europeu, Angola é hoje o destino de 7% dos produtos lusos, principalmente de equipamentos industriais, alimentos e bebidas.

Mais do que destino de mercadorias, o país da África Austral é alternativa para milhares de desempregados que lotam o consulado de Angola em Lisboa, em busca de um visto de trabalho. A emigração portuguesa para Angola cresceu de 156 pessoas em 2006, para 23,787 em 2009, de acordo com dados oficiais.

"Angola é apelativa ao trabalho. Em Portugal, as pessoas têm a ideia de que isto é o Eldorado, mas desenganem-se. Há muita concorrência, principalmente dos chineses e brasileiros que para cá vêm, e é preciso trabalhar muito", disse um dos imigrantes em entrevista ao Jornal de Notícias.

Segundo o diário português "Correio da Manhã", a legalização é uma das tarefas árduas a ultrapassar, pois o visto de trabalho é um dos principais problemas. Em Angola ninguém está autorizado a trabalhar se não tiver o visto de trabalho. "Para ultrapassar essa dificuldade há empresas com funcionários portugueses que a cada três meses viajam para Portugal por 30 dias para regressar depois com novo visto. É um esquema que as autoridades sabem que funciona, mas fazem vista grossa porque está a servir para o desenvolvimento económico do país", apurou o CM.

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