Os
deputados do PSD querem saber o que é que o Governo está a fazer para defender
os interesses dos portugueses radicados nos EUA. Mota Amaral e Joaquim Ponte
questionaram o Governo para averiguar que procedimentos estão a ser tomados
para defender os interesses da comunidade portuguesa residente nos EUA no que
diz respeito ao risco de deportação pela prática de pequenas infracções.
O debate sobre as leis da imigração está de novo aceso nos EUA e levou a que os
deputados do PSD/Açores formulassem um conjunto de questões ao ministro de
Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Neste sentido, Mota Amaral e Joaquim Ponte querem saber se o Governo tem
conhecimento da situação e das enormes dificuldades de integração que sentem os
imigrantes deportados quando chegam a uma terra onde, por vezes, nem a língua
dominam e da instabilidade que tal situação promove nos próprios e na
comunidade de acolhimento?. Os deputados querem ainda saber que resultados se
podem esperar das eventuais diligências do Governo junto das autoridades
norte-americanas e para quando se devem prever conclusões sobre esta matéria.
Recebeu o Governo das autoridades regionais açorianas algum pedido, sugestão ou
proposta no sentido de contribuir para a resolução favorável da questão em
apreço?, interrogam.
O Governador de Nova Iorque anunciou que vai criar uma comissão para analisar a
concessão de perdão aos imigrantes que corram o risco de deportação devido a
pequenas infracções.
A Lei Federal de imigração, aprovada em 1996 pelo Congresso de maioria
Republicana, estabelece que os imigrantes legais que não tenham cidadania
americana podem ser deportados pela prática de pequenos delitos.
A lei, de aplicação retroactiva, explicam os deputados, tem provocado o
repatriamento de milhares de imigrantes legais, nomeadamente portugueses. Em cidades como New Bedford
e Fall River, onde é muito significativa a presença de açorianos, centenas de
famílias foram afectadas pela deportação e aguardam agora, com expectativa, a
revisão da lei que possibilite o regresso dos seus parentes repatriados,
concluem.
Correio dos Açores, aqui.