Voltando a apontar os portugueses da diáspora e os luso-descendentes como um "exemplo" ao mesmo tempo "comovente, inspirador e mobilizador", Cavaco Silva lembrou a forma como quem vive no estrangeiro persiste em manter vivos os laços que os ligam a Portugal e ao mesmo tempo estabelece laços nos países de acolhimento.
"Alegramo-nos com o prestígio que aí alcançaram, prestigio que em muito contribui para a afirmação de Portugal no mundo", notou, elogiando ainda a forma como entre os portugueses residentes no estrangeiro "reina um espírito de clara solidariedade" em relação aos mais atingidos pela crise que afecta os países onde trabalham.
"O vosso exemplo é inspirador e mobilizador para os portugueses que residem em território nacional. E, sobretudo, nos tempos de crise que vivemos, também a acção da diáspora pode dar um importante contributo para que Portugal vença as dificuldades do presente e reencontre o caminho de crescimento económico sustentado e de melhoria das condições de vida dos cidadão", acrescentou.
Pois, continuou o presidente da República, o contributo dos emigrantes portugueses pode ser uma "mais valia" e serão sempre "bem vindos" se decidirem apostar em Portugal, "investindo, criando riqueza, gerando emprego".
"A chave da recuperação económica reside no aumento das exportações de bens e serviços", reafirmou.
Depois da gravação da mensagem, que decorreu num hotel em Faro, cidade que este ano é o palco escolhido para as comemorações oficiais do 10 de Junho, Cavaco esteve alguns minutos a falar com os técnicos responsáveis pela "ilha" da Presidência da República na plataforma virtual "Second Life".
Interrogado pelos jornalistas se poderá vir a utilizar o "Second Life" para lançar a sua recandidatura à Presidência da República, Cavaco Silva riu-se e disse apenas: "Eu estou a viver a first life".
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