O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, inicia hoje uma
visita ao Peru e ao Panamá, com as relações económicas bilaterais e a
candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança da ONU na agenda, adiantou à
Lusa fonte do seu gabinete.
Em Lima, capital peruana, o secretário de Estado pretende identificar áreas
prioritárias de interesse para o desenvolvimento do relacionamento bilateral
económico.
O objetivo é impulsionar e diversificar as trocas comerciais e o investimento.
António Braga poderá ainda assinar com as autoridades peruanas um Acordo sobre
Transferência de Pessoas Condenadas.
Atualmente, existem quase 60 portugueses a cumprir pena por tráfico de droga no
Peru.
Residem oficialmente no país 256 portugueses, maioritariamente em idade ativa,
sendo o escalão etário entre os 30 e os 50 anos o mais representativo.
A maioria dos portugueses a residir no Peru trabalha em empresas portuguesas ou
em multinacionais, permanece no país por períodos de quatro a cinco anos e
concentra-se nas cidades de Lima, Callao e Iquitos.
Entre as empresas portuguesas a trabalhar naquele país destacam-se a Mota
Engil, a Cimpor, a Lisnave, a Viplastic, Atral e o Grupo Espírito Santo.
Ainda segundo fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António
Braga segue depois para o Panamá, onde pretende identificar também áreas
económicas de interesse mútuo, numa altura em que se vai iniciar brevemente o
alargamento do Canal do Panamá.
António Braga vai também procurar apoios para a candidatura portuguesa a um
lugar não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no biénio
2011-2012, e assinar acordos de cooperação nos domínios da língua, educação,
juventude e desporto.
Estima-se que residam no país 220 portugueses, a maioria natural da Madeira,
espalhados por todo o território, mas com forte concentração na capital.
A emigração portuguesa para o Panamá iniciou-se nos anos 50 e 60, tendo o
sector das pescas constituído a principal actividade dos portugueses.
Essa área ainda hoje continua a ocupar parte significativa dos portugueses e
luso-descendentes, apesar de se verificar uma maior diversidade nas profissões
desempenhadas pelos mais jovens
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo ortográfico ***
Correio do Minho, aqui.