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Governo identificou 120 mil empresas no estrangeiro para cooperação com as portuguesas
2010-03-26
O Governo identificou 120 mil empresas de portugueses no estrangeiro com as quais será possível a cooperação com empresas de Portugal, para apoiar o processo de internacionalização da economia nacional, revelou hoje o Secretário de Estado da Emigração.

António Braga adiantou à Lusa que os Gabinetes de Apoio à Emigração "estão preparados para facilitar o processo de cooperação entre empresas de portugueses no estrangeiro e as empresas nacionais, através do programa NetInvest".

"Os gabinetes facilitam a integração dos que regressam a Portugal mas proporcionam, em simultâneo, um conjunto de instrumentos de informação sobre as possibilidades de investimento nos diferentes concelhos", sublinhou.

O governante falava à margem da cerimónia de abertura de um Gabinete no município de Celorico de Basto, ato em que participaram o Governador Civil de Braga, Fernando Moniz e o presidente da Câmara, Joaquim Mota e Silva.

António Braga frisou que existem já em Portugal 90 gabinetes de apoio à emigração, lançados no quadro de parcerias entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros e as autarquias, sublinhando que está, agora, a ser construída uma rede que organiza os diferentes gabinetes.

"Vamos, este ano, realizar um encontro nacional dos políticos e técnicos que trabalham nos gabinetes para potenciar as suas capacidades", revelou, acentuando que se trata de proporcionar ao portugueses que emigraram e regressam aos seus concelhos de origem em Portugal "as melhores condições de reintegração" .

O Secretário de Estado sublinhou que "todos os estudos do Observatório da Emigração e da Direção Geral dos Assuntos Consulares mostram que 90 por cento das pessoas que regressam a Portugal, voltam ao seu concelho de origem".

Questionado sobre o recente aparecimento de casos de exploração de portugueses que emigraram para o estrangeiro, afirmou que os Gabinetes "proporcionam informação credível sob legislação e enquadramento laboral dos países para onde pessoas pretendam sair e trabalhar"

Garantiu que podem, ao mesmo tempo, fiscalizar quer o curriculum das empresas que os querem contratar quer os próprios contratos: "infelizmente há casos de muitas pessoas que vão tentar realizar um sonho de vida no estrangeiro e que acabam por se encontrar perante o pesadelo de uma quase escravatura laboral", lembrou.

O governante avisa, por isso, os candidatos à emigração, "pedindo-lhes que se dirijam aos Gabinetes, para que possam tomar as devidas cautelas informando para onde vão trabalhar e ficando a conhecer, com rigor, o curriculum das empresas que os contratam".

 Se assim fizerem - realçou - ficam a saber se a emigração é viável: "Os Gabinetes dão um contributo valioso para a prevenção da exploração do trabalho de emigrantes, o qual funciona organizado emrede de forma fraudulenta e enganosa".

Jornal i, aqui.

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