Um estudo do Ministério da Educação luxemburguês divulgado
esta semana veio chamar de novo a atenção para as dificuldades dos
luso-descendentes. Entre os estudantes estrangeiros que frequentam o ensino
secundário no Luxemburgo, os portugueses são os que apresentam a maior taxa de
abandono escolar.
"À luz dos acordos bilaterais e também das recomendações e quadros
internacionais de referência para aprendizagem das línguas, as escolas dos
respectivos países de acolhimento devem promover actividades complementares
para ultrapassar dificuldades, como o domínio da língua, factor decisivo na
aprendizagem escolar", disse ao PÚBLICO António Braga. No Luxemburgo, por
exemplo, as crianças são confrontadas com três línguas: o luxemburguês, francês
e alemão
"Há outros elementos, para além do acompanhamento das famílias, que contribuem
para a maior ou menor facilidade de progressão curricular, como por exemplo a
idade da chegada ao sistema escolar, que pode gerar perturbações quanto ao
menor domínio da língua local", lembrou.
O governante reafirmou, por outro lado, que se irá proceder a "uma expansão
significativa" da rede de professores de português no estrangeiro, que
actualmente conta com cerca de 600 profissionais.
Público, aqui.