A situação política na
Venezuela tende a agravar-se. A tensão social aumenta com a desvalorização do
'bolívar forte' em 50%. A medida já promulgada pelo presidente venezuelano Hugo
Chávez atinge de forma directa a comunidade portuguesa, tornando cada vez mais
difícil a saída de divisas.
Viajar para o estrangeiro passa a estar ao
alcance dos mais ricos. O preço das passagens aéreas, normalmente fixado em
dólares, duplicou.
Também a procura de moeda estrangeira, como
por exemplo o euro, também aumentou. No mercado negro já valia 3 vezes mais do
que no câmbio oficial.
Cortes no fornecimento de energia
A par da desvalorização da divisa, entrou em
vigor uma segunda medida polémica. Os venezuelanos 'suportam' cortes no
fornecimento de energia eléctrica por um período de 4 horas, a cada dois dias.
Caracas encontra-se dividida em 6 zonas que,
alternadamente, vão sofrer apagões. A terminologia oficial denomina o apagão de
suspensão técnica e industrial da produtividade nacional.
Em resposta, a oposição prepara uma grande
marcha para o dia 23 deste mês em Caracas. O protesto deve atrair milhares de
pessoas e passa pelos principais pontos da capital, como Plaza Venezuela,
Redoma de Petare e Chacaíto.
Há quem indique que a Venezuela está como uma
panela de pressão sem válvula de escape.
AFS;NF
Diário de Notícias da Madeira, aqui.