A jovem pesquisadora luxemburguesa Anne Schiltz, que
actualmente prepara um doutoramento sobre as migrações entre Portugal e o
Luxemburgo, disse na semana passada que os portugueses são tudo menos
invisíveis no Grão-Ducado.
A afirmação foi sustentada pela jovem com exemplos empíricos da realidade lusa
no Grão-Ducado, no decurso de uma conferência que pretendia reflectir sobre a
eventual "invisibilidade" dos portugueses no Luxemburgo.
Outro dos convidados era o sociólogo, economista e professor na Universidade
Paris VII, Albano Cordeiro, que retratou uma realidade que conhece bem: a
imigração portuguesa em França.
Albano Cordeiro voltou a falar daquilo que resolveu apelidar no fim dos anos 80
de "fenómeno de invisibilidade" que caracteriza os portugueses
imigrados no país vizinho, tese que havia já defendido em 1993, quando esteve
pela última vez no Grão-Ducado, por ocasião de uma conferência em Dudelange.
Já Anne Schiltz não concorda com a mesma leitura para o caso
da imigração lusa no Grão-Ducado, e explicou porquê.
As duas realidades foram explanadas, discutidas e analisadas durante uma
conferência pública promovida pela associação "Os Amigos do 25 de
Abril" que teve lugar a 2 de Dezembro na Abadia de Neumünster, no Grund,
na cidade do Luxemburgo.
Leia a reportagem completa sobre este debate na edição desta quarta-feira
do jornal CONTACTO.
Convidámos ainda o professor de Filosofia, Cristóvão Marinheiro, a comentar o
debate a que também assistiu.
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