Um grupo de jovens prepara-se para uma tarefa titânica. Criar um censo para ver quantos filhos de portugueses existem na Venezuela. Se pensa que é impossível, a Associação de Luso-descendentes da Venezuela não acha que seja, já que desde o mês de Janeiro está a levar esta iniciativa a cabo.
Ainda que o trabalho parecesse complicado, o presidente da organização, Janny Moreira, referiu que têm experiência, já que durante nove anos de existência de associação, acumularam uma base de dados física de mais de três mil pessoas.
O dirigente assegurou que para além do censo, a associação estabelecerá delegações nos estados importantes do país para ter representação a nível nacional. "Estamos próximo da inauguração da delegação do estado Aragua. Jovens de diferentes zonas do país já estão a apresentar os papéis para criar as respectivas delegações".
Os jovens também desenvolvem actividades com os empresários luso-venezuelanos e as autoridades diplomáticas portuguesas acreditadas no país. Há pouco tempo, participaram no Dia de Portugal, celebrado no Consulado Geral de Portugal junto com a Tuna Universitária do Porto. Também são participantes da exposição "Palavras da Terra" e de outras iniciativas.
Para além disso, a equipa prepara-se para as Festas da Nossa Senhora da Ajuda, na qual participam autoridades convidadas que vêm de Portugal.
Outro dos serviços que a associação oferece aos seus membros é a colocação de profissionais nas empresas de luso-venezuelanos.
Primeiro encontro
A Associação de Luso-descendentes da Venezuela tem projectado o primeiro Encontro Nacional de Luso-Descendentes para celebrar o 10º aniversário da instituição.
Actualmente uma comissão da associação encontra-se na ilha de Madeira para um encontro com o presidente da Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim.
A página Web do grupo indica que a "Associação de Luso-descendentes da Venezuela é uma organização sem fins lucrativos criada a 10 de Junho de 2000 e registada nas entidades oficiais correspondentes, tendo como meta promover e enaltecer os costumes, culturas e valores de toda a comunidade lusitana estendida ao longo da Venezuela, como maneira de que estas perdurem no tempo e passem de geração em geração".
Para além disso, diz que planeia "a unificação de todos os grupos e associações de luso-descendentes espalhados na Venezuela na busca da unificação e massificação do valioso esforço que cada uma delas realiza e dessa maneira trabalhar unidos em busca de fins comuns, a sustentação e manutenção dos costumes dos nossos pais, avós e até bisavós, mantendo como norte a preservação da língua portuguesa".
Correio da Venezuela, edição nº. 305, de 02 a 08 de Julho de 2009.