Avaliar a verdadeira extensão da emigração portuguesa qualificada não é uma tarefa fácil, dado que que não há registos automáticos de saídas ou regressos, o que dificulta a medição precisa do fenómeno. Estima-se que 30% dos jovens nascidos em Portugal entre os 15 e os 39 anos vivem no estrangeiro, mas esse número inclui situações muito diversas e nem sempre reflete emigração recente. Apesar do aumento recente no número de emigrantes jovens, a taxa anual mantém-se estável em 1%, semelhante à de outros países europeus. Mário Centeno defende que Portugal continua a atrair mais diplomados do que aqueles que perde, com a população ativa com ensino superior a crescer consistentemente. Em resumo, embora haja mobilidade, os dados não sustentam uma visão alarmista da emigração jovem, e o país continua a reforçar o seu capital humano qualificado.