A nova rede de ensino do Português no estrangeiro, que em 2010 começará a ser lançada pelo Instituto Camões, vai ser alargada ao Canadá, Estados Unidos e a Venezuela, disse hoje o secretário de Estado das Comunidades.
"A ambição é fazer a projecção da rede e lançá-la em países como o Canadá, Estados Unidos, Venezuela e em alguns países de África, nomeadamente África do Sul, Namíbia e Suazilândia", disse António Braga, lembrando que actualmente Portugal apenas se responsabiliza pelo ensino na Europa.
O secretário de Estado falava após a aprovação hoje em Conselho de Ministros da nova lei orgânica do Instituto Camões, dependente do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que alarga a tutela deste instituto ao ensino do Português ao nível do básico e do secundário, até agora sob alçada do Ministério da Educação.
"Estão criadas as condições para a transição [do Ministério da Educação para o Instituto Camões] decorrer durante este ano e no próximo começarmos a lançar as bases para uma nova rede de ensino de Português no estrangeiro", adiantou António Braga.
O secretário de Estado explicou que, nomeadamente, nos Estados Unidos e Canadá, já está a ser feito o levantamento das necessidades de cursos e professores, escusando-se a avançar quantos professores serão necessários para suportar o alargamento da rede.
"O esforço de lançamento da rede é para responder à procura das comunidades portuguesas", frisou.
O Governo aprovou hoje a reestruturação do Instituto Camões, através da integração na rede de todos os graus de ensino da língua portuguesa no estrangeiro e com a concessão de maior autonomia financeira para reforço das receitas próprias.
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